OMS retoma testes com hidroxicloroquina contra a Covid-19
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus (foto), anunciou nesta quarta-feira, 3, que a agência vai retomar os testes com o uso da hidroxicloroquina em pacientes infectados pelo novo coronavírus no âmbito do programa internacional Solidarity, iniciativa criada para investigar a eficácia de medicamentos no tratamento da doença. Os ensaios clínicos com...
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus (foto), anunciou nesta quarta-feira, 3, que a agência vai retomar os testes com o uso da hidroxicloroquina em pacientes infectados pelo novo coronavírus no âmbito do programa internacional Solidarity, iniciativa criada para investigar a eficácia de medicamentos no tratamento da doença.
Os ensaios clínicos com o remédio foram interrompidos em 25 de maio, após a publicação de um estudo na revista científica The Lancet. Feita com dados de 96 mil pessoas internadas, a pesquisa indicou que a cloroquina e a hidroxicloroquina, além de não se mostrarem eficientes contra a Covid-19, causam risco de arritmia cardíaca nos pacientes hospitalizados e ampliam as chances de morte.
Durante a última semana, contudo, o Comitê de Segurança e Monitoramento de Dados do programa revisou os dados de mortalidade disponíveis e entendeu não haver motivos para mudar o protocolo previsto inicialmente, conforme o diretor-geral da OMS.
“O grupo Executivo recebeu essa recomendação e endossou a continuação de todos os braços do Solidarity, incluindo a hidroxicloroquina”, informou Tedros. “O Comitê continuará monitorando de perto a segurança de todas as medicações testadas no estudo.”
A retomada dos ensaios clínicos, contudo, não assegura a eficácia da hidroxicloroquina no tratamento de pacientes infectados pelo vírus. Somente ao fim do estudo será possível dizer se o remédio, usado contra malária e lúpus, funciona também contra a Covid-19.
O novo coronavírus já infectou mais de 6 milhões de pessoas pelo mundo. No Brasil, 555.383 pessoas foram contaminadas e 31.199 morreram em decorrência da doença, conforme boletim do Ministério da Saúde divulgado na noite de terça-feira, 2.
Durante a coletiva de imprensa, Tedros manifestou preocupação com a escalada da pandemia nas Américas. “Durante várias semanas, o número de casos relatados todos os dias nas Américas tem sido maior do que os do resto do mundo”, observou.
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