OAB vê 'clara tentativa da criminalização da advocacia brasileira' em operação
A Ordem dos Advogados do Brasil, OAB, fez duras críticas à Operação E$quema S, que mira escritórios de advocacia suspeitos de integrar um esquema de desvio de recursos do Sistema S do Rio de Janeiro, formado por Fecomércio, Sesc e Senac. A entidade vê a nova fase da Lava Jato, deflagrada na manhã desta quarta-feira,...
A Ordem dos Advogados do Brasil, OAB, fez duras críticas à Operação E$quema S, que mira escritórios de advocacia suspeitos de integrar um esquema de desvio de recursos do Sistema S do Rio de Janeiro, formado por Fecomércio, Sesc e Senac. A entidade vê a nova fase da Lava Jato, deflagrada na manhã desta quarta-feira, 9, como "mais uma clara iniciativa de criminalização da advocacia brasileira".
A declaração consta de nota assinada pela Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia e pela Procuradoria Nacional de Defesa das Prerrogativas do Conselho Federal da Ordem. A entidade prometeu adotar medidas administrativas e judiciais contra a operação.
"O processo de criminalização da advocacia, que desrespeita as prerrogativas, é ditatorial e atenta contra o Estado de Direito e à Democracia. Não há estado democrático sem uma advocacia livre", completou.
Na E$quema S, o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e a Receita Federal cumpriram 50 mandados de busca e apreensão em endereços relacionados a escritórios de advocacia e empresas contratados pela gestão de Orlando Diniz na Fecomércio do Rio.
De acordo com a Lava Jato, já foram identificados desvios de pelo menos 151 milhões de reais do Sesc e do Senac, entre 2012 e 2018, por meio de contratos fictícios celebrados por Diniz na Fecomércio fluminense. O MPF investiga, agora, outros acertos.
Entre os alvos da operação, estão Roberto Teixeira e Cristiano Zanin, advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o advogado Frederick Wassef, que atuou na defesa do presidente Jair Bolsonaro e de seu filho 01, Flávio.
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Comentários (10)
miguel
2020-09-10 11:05:27OAB é apenas UM GRANDE SINDICATO que protege em qualquer circunstância, até nas criminosas, seus sindicalizados... É uma entidade que nada serve ao Brasil, apenas se serve do Brasil. ABAIXO QUALQUER SINDICATO NO MUNDO!
RAIMUNDO
2020-09-10 10:23:06Concordo com a OAB. Também concordo que está havendo intimidação e constrangimento aos pobres dos traficantes do Brasil (OTB). Se os componentes das duas Ordens não estão fazendo nada de errado, por que tanta perseguição e tanta intimidação. É muita injustiça!
Eduardo
2020-09-10 08:43:02Há uma podridão instalada e forte em quase todas as instituições do Brasil. A OAB fatura alto com o pagamento de honorários cuja origem é notoriamente ilícita. Essa questão do tráfico de influência também não surpreende ninguém, mas chega alguém sério e põe o dedo na ferida e a defesa, que não poderia ser outra, é que "estão atacando a democracia". TNC.
Fernando
2020-09-10 06:48:23Há suspeita, tem que investigar. Somos todos iguais, ou quase isso no Brasil, perante as leis. O que não dá é sustentar um corporativismo omisso pela Ordem. Eu, como leigo, não entendo: um corrupto assalta os cofres públicos, contrata a peso de ouro advogados, paga com esse dinheiro retirado da sociedade. Afinal, este dinheiro não é fruto de um possível crime? Por que vai para o bolso dos patronos da causa, a título de "honorários" e sai limpinho do outro lado? Não é esquisito?
José
2020-09-09 21:50:36Se tivessem vergonha na cara caçariam os registros e expulsariam os corruptos.
Eugenio
2020-09-09 21:41:24Máfias legais, ao serviço do crime.
Marina
2020-09-09 20:19:56Esse povo tem costas quentes; lá na alta corte eles têm trânsito livre e nós, assistindo.
Aguia
2020-09-09 20:19:52Se acham Autoridades mas... Não são.
NESTOR
2020-09-09 20:16:35finalmente alguns advogados, tão bandidos e corruptos quanto seus clientes, serão investigados....
Manuel
2020-09-09 20:08:27Está na hora da classe (associados) convocar eleições diretas imediatamente para um novo presidente da OAB. É triste ver uma instituição com tanta história ser tomada por sindicalistas.