"O regime do Irã não pode ser amigo do Brasil"
ONG espalha protestos no Rio de Janeiro contra alinhamento do governo Lula ao Irã durante cúpula do Brics

A ONG StandWithUs Brasil realizou protestos em pontos turísticos do Rio de Janeiro no domingo, 6, contra a aproximação do governo Lula ao regime do Irã.
Em meio à cúpula do Brics - bloco do qual Brasil e Irã fazem parte -, uma grande faixa (foto) foi estendida na Praia do Leblon, na Zona Sul, com os dizeres:
"O regime iraniano mata gays e mulheres em praça publica. O regime do Irã não pode ser amigo do Brasil."
Na faixa de areia, o grupo colocou várias forcas, denunciando os métodos de punição usados pelo regime.
"O Irã mata gays em praça pública", dizia outra placa.
Um caminhão com um painel de LED circulou pelas ruas da Zona Sul com mensagens de protestos contra o autoritarismo do Irã.
Uma das mensagens alertava sobre a perseguição contra os cristãos no país.
O presidente-executivo da ONG, André Lajst, afirmou que os "valores" do regime iraniano "são completamente opostos" aos do Brasil.
"Hoje (6), durante a cúpula do Brics, a StandWithUs Brazil deixou claro o nosso recado: o regime iraniano, que persegue e mata mulheres, gays e cristãos, não pode ser amigo do Brasil. Os valores do governo de Teerã são completamente opostos a tudo aquilo que o Rio de Janeiro representa para os brasileiros e para o mundo", escreveu no X.
As imagens foram compartilhadas pela StandWithUs Brazil em suas redes sociais.
Brics condena ataques
A declaração final da cúpula dos Brics, sob a coordenação do presidente Lula (PT), condenou os ataques promovidos por Israel e Estados Unidos às instalações militares iranianas.
No entanto, o texto não mencionou diretamente os americanos, mas aliviou a Rússia - que faz parte do bloco - pela invasão à Ucrânia.
"Condenamos os ataques militares contra a República Islâmica do Irã desde 13 de junho de 2025, que constituem uma violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas”, diz o documento, cujo conteúdo foi divulgado no domingo, 6.
Lula, que já havia condenado no último mês as ações militares contra o Irã, voltou a defender o regime iraniano.
"Sem amparo no direito internacional, o fracasso das ações no Afeganistão, no Iraque, na Líbia e na Síria tende a se repetir de forma ainda mais grave. Suas consequências para a estabilidade do Oriente Médio e Norte da África, em especial no Sahel, foram desastrosas e até hoje são sentidas. O governo brasileiro denunciou as violações à integridade territorial do Irã, como já havia feito no caso da Ucrânia", afirmou o petista, durante o Brics.
Leia mais: Contra a ameaça nuclear
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Comentários (2)
MARCOS
2025-07-07 19:54:27O BRICS É PODRE.
Denise Pereira da Silva
2025-07-07 17:13:50Lula sendo Lula, agora com maior toque de descaramento e hipocrisia.