PSOE

O que explica a vitória dos socialistas na Espanha

29.04.19 11:09

O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) venceu as eleições da Espanha do último domingo. Com 28% dos votos, a sigla terá direito a 123 cadeiras no Congresso. Agora, seu líder, Pedro Sánchez (foto), terá de negociar com outros partidos de esquerda para obter a maioria, de 176 deputados, ou fará um governo de minoria.

Entre as razões para vitória dos socialistas está a divisão da direita em vários partidos. “A fragmentação entre o Partido Popular, o Cidadãos e o Vox provocou uma divisão do voto neste perfil de eleitores, algo nunca tinha ocorrido na direita espanhola”, diz o cientista político espanhol Jesús Palomar Baget, da Universidade de Barcelona.

Outro motivo para o resultado é que os socialistas conseguiram atrair os eleitores mais moderados. “O centro ficou órfão, e acabou sendo ocupado pelo PSOE”, diz Baget. Segundo ele, os socialistas conquistaram 75% da faixa dos que se declaram como centro-direita e centro-esquerda.

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  1. Negar a existência de uma luta ideológica mundial, com várias forças por vezes se enfrentando, por vezes se aliando, sendo a direita e a esquerda somente um segmento delas, denota a necessidade de mais estudo. A análise: "É tudo ladrão, não importa se é de direita ou esquerda!" é muito rasa e só atrapalha.

    1. Esta análise se aplica muito bem ao Brasil, onde os paryidos não possuem ideologias bem definidas. Já foram feitos inúmeros estudos sobre isto e o resultado é sempre o mesmo: os partidos são pragmáticos e visam unicamente o acesso ao tesouro público. Verdade simples e elegante!

  2. É racional que a Catalunha queira se separar da Espanha? Só dentro das rivalidades nacionais, porque dentro do contexto da União Européia é uma hipótese que beira a farsa e o ridículo, quem faz parte da UE é a Espanha e esta certamente se oporia à entrada do país Catalão na UE em caso de independência. A Catalunha tem muito mais a perder do que a Espanha, o movimento separatista é tão oportunista quanto foi o Brexit, só serve para espertalhões se promoverem, eles deveriam ser expostos.

  3. Franco fez merda, quer dizer que ele é irrelevante para a história espanhola? Quem está no centro quer o mínimo de racionalidade para defender a agenda que lhe é apresentada, não que dourem a pílula. Ao invés de simplesmente reclamarem da imigração islâmica, exponham a relação custo/benefício e exijam que a esquerda pague pelos custos, quem quer acolher imigrante é que tem que se responsabilizar por ele e não a sociedade inteira. Se for pra acolher um imigrante em casa, quantos se disporão?

  4. Já se vão fazer 50 anos que Francisco Franco morreu, além de ele ainda estar associado ao nazismo e ao fascismo, no Brasil a corrupção desenfreada fez bater o saudosismo da ditadura, mas na Espanha não há nada que leve a este caminho. O evento da transferência dos restos mortais mostra como a direita espanhola está perdida e sem discurso, não precisam fazer que nem a Esquerda e dizer que o legado franquista deveria ser esquecido, mas se apegar a símbolos vazios é expor o vazio.

  5. Sánchez dá oxigênio ao Maduro por debaixo dos panos para manter os votos do Podemos (esquerda radical) e pelos vínculos de empresas espanholas na Venezuela. Mas posa diferente, na internacional socialista reunida na República Domonicana falou que Maduro não é socialista (Maduro deu risadas), é politicamente muro como todo social democrata. Outra questão é que tanto Espanha quanto Portugal eram pobres e se beneficiaram muito da UE, querem sua continuidade.

  6. A Espanha já tentou de tudo e não conseguiu mudar nada. Igual ao Brasil, a questão não é direita e esquerda, mas sim honesto e desonesto. Só beócio cai nesta divisão ideológica vendida pelos políticos.

    1. Bruno -- Desde quando a Venezuela é socialista? É uma ditadura militar, igual a várias outras que existiram na América do Sul. O mundo mudou. No Brasil, este negocio de direita e esquerda é pura enganação para atingir o objetico final: acesso ao tesouro público!

    2. Os países comunistas hoje são poucos e marginais (insignificantes). E não venham me dizer que a China é comunista, por favor.

    3. Mesmo que o comunismo como era mudou em muitos países, achar que é a mesma coisa que polícias de direita é uma burrice infindável.

    4. Sim não existe país comunista igual a Coreia do Norte. Também não existe mais país socialista igual a Venezuela

    5. Bruno -- Qual comunismo? Isso não existe mais. Morreu com o fim da guerra fria. Qual país é comunista hoje em dia? Temos sim ditaduras, tofdas pragmáticas. No Brasil vivemos uma cleptodemocracia, onde escolhemos democraticamente os ladrões que vão nos roubar diariamente. Talvez este sistema seja um dos piores que existe no mundo moderno.

    6. Então vai lá e deixa o comunismo tomar conta para ver se é tudo a mesma coisa.

    7. É isso mesmo Rogério. O que opera na arena política é pragmatismo para colocar as mãos no tesouro público. O reto é tudo fantasia para enganar os eleitores. E como há gente que continua caindo neste conto.

    8. Concordo! Sempre achei que essa coisa de esquerda e direita no Brasil (e até no mundo todo!) é algo que serve apenas para criar discurso e segmentar a sociedade para disputa de poder sem apuração de nenhum desmando ou corrupção do governo anterior. O que nos vemos é apenas a mudança do chefe da quadrilha. Nem FHC apurou desmandos de Sarney, nem Lula de FHC, muito menos poderíamos esperar de Dilma, óbvio, e nem Bolsonaro pelo visto... já estamos esperando muito pela apuração do BNDES!

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