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O que esperar da relação entre Olaf Scholz, favorito na eleição alemã, e Bolsonaro

25.09.21 12:04

Com 25% das intenções de voto, o Partido Social Democrata, comandado por Olaf Scholz (foto), deve ser o vencedor das eleições na Alemanha neste domingo, 26. Em seguida deve vir o União Democrata Cristã, de Angela Merkel. Crusoé conversou com o Christoph Harig, um especialista tanto em Alemanha quanto em Brasil da Universidade Helmut-Schmidt, em Hamburgo, para falar sobre como deve ser a relação entre o provável futuro primeiro-ministro alemão Olaf Scholz e o presidente Jair Bolsonaro.

O Partido Social Democrata, do favorito Olaf Scholz, é próximo de algum partido ou político brasileiro?
O partido e sua base política, a Friedrich-Ebert-Stiftung, têm ligações estreitas com o PT. Vale lembrar que o ex-presidente da legenda, Martin Schulz, visitou Lula na prisão.

Caso o partido de Scholz se consagre vencedor do pleito, o que podemos esperar das relações entre Brasil e Alemanha?
O partido de Scholz já faz parte da coalizão governista. Então, eu não esperaria mudanças significativas nas relações entre Brasil e Alemanha. Em geral, a América Latina e o Brasil não são uma prioridade para a política externa alemã e não acho que isso deva mudar.

Como poderá ser a postura alemã sobre os incêndios na floresta amazônica?
Isso vai depender de qual será a coalizão de partidos no governo. Se os Verdes fizerem parte dela, espero uma postura ainda mais crítica do governo alemão. Mas acho que qualquer coalizão de governo continuará muito crítica às políticas ambientais do governo de Jair Bolsonaro.

Um governo tendo Olaf Scholz como primeiro-ministro apoiará o acordo entre União Europeia e Mercosul?
Enquanto Jair Bolsonaro estiver no poder, não acho que isso vá acontecer. Para os governos europeus que se opõem ao acordo por princípio, Bolsonaro oferece uma desculpa conveniente. Qualquer novo governo alemão estará sob pressão pública para seguir políticas ambientais que abordem as mudanças climáticas. Nessa situação, será muito difícil vender para a população um acordo comercial com o Mercosul.

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    1. Marcio, desculpe a franqueza: NÃO FALA BESTEIRA, NÃO FALA SEM CONHECIMENTO DE CAUSA. A Alemanha nunca foi vermelha!! Quem fala isso mostra uma ignorância, um desconhecimento do país sem tamanho. Não confunda um estado social-democrata c/ "ser vermelho". Muito longe disso. Pra mim "ser vermelho" é ser comunista. Compare os países comunistas c/ a Alemanha e verá q a diferença é da água p/ o vinho. Sei do q falo, moro aqui há 34 anos. Nem a esquerda alemã (Die Linke) é tão vermelha quanto parece.

  1. Concordo c Christoph Harig.Normalmente voto no CDU (Merkel),mas o candidato do partido,Laschet,ñ é 100% confiável.Prefiro,como mtos alemães,Olaf Scholz,mas,como todos dizem,ele está no partido errado (SPD).SPD é centro-esquerda,mas se fizer coalizão c/Die Linke (A Esquerda) e c/Die Grüne (Verde),mta coisa vai mudar nos rumos do país:aumento de impostos,limite de velocidade nas autoestradas,abandonar a energia do carvão,aumento do salário mínimo,+ajuda social.Tudo mto lindo,mas "com que roupa"???

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