O longotermismo e o envelhecimento dos brasileiros
Em What We Owe the Future (O que devemos ao futuro), o filósofo inglês William MacAskill propõe uma reflexão sobre como ações de hoje podem condicionar o futuro distante da humanidade, daqui a dois ou três milhões de anos. Esse modo de pensar foi batizado de "longotermismo", uma maneira de se atentar para as consequências de cada...
Em What We Owe the Future (O que devemos ao futuro), o filósofo inglês William MacAskill propõe uma reflexão sobre como ações de hoje podem condicionar o futuro distante da humanidade, daqui a dois ou três milhões de anos. Esse modo de pensar foi batizado de "longotermismo", uma maneira de se atentar para as consequências de cada uma de nossas escolhas.
Em seu livro, MacAskill parte de um ponto ainda mais básico, como destaca reportagem de Crusoé: temos dificuldade em pensar até mesmo no futuro próximo. Em artigo publicado recentemente, o filósofo diz que "as pessoas do futuro são completamente privadas de representação". Essa observação ganhou um sentido crucial no Brasil após a divulgação do último Censo.
Divulgado em julho, o levantamento do IBGE revelou que a população brasileira é menos numerosa do que projetava (203,1 milhões de habitantes, cerca de 4 milhões a menos do que se imaginava). Os brasileiros estão vivendo mais na média, mas há menos crianças nascendo. É preciso, portanto, recalcular nossas preocupações com o futuro, para atender a uma população que ainda não pode votar, fazer lobby ou concorrer em eleições, pois ainda não nasceu, como destaca MacAskill.
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