O efeito Wilson Witzel nas diligências da CPI da Covid
O depoimento de Wilson Witzel (foto) à CPI da Covid serviu como base para a apresentação de dez requerimentos pelos senadores do colegiado. As medidas propostas pelos parlamentares após a oitiva do governador cassado do Rio preveem medidas como novas quebras de sigilo e a convocação de autoridades. O presidente da CPI, Omar Aziz, pautou...
O depoimento de Wilson Witzel (foto) à CPI da Covid serviu como base para a apresentação de dez requerimentos pelos senadores do colegiado. As medidas propostas pelos parlamentares após a oitiva do governador cassado do Rio preveem medidas como novas quebras de sigilo e a convocação de autoridades.
O presidente da CPI, Omar Aziz, pautou os requerimentos para a sessão desta sexta-feira, 18. De acordo com senadores do G7, grupo majoritário com nomes independentes e de oposição, há maioria para aprovar os pedidos.
O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, quer chamar ao colegiado o secretário de Saúde do Rio, Alexandre Chieppe. No documento, o senador anotou que Witzel relatou ter iniciado uma investigação sobre um suposto esquema de desvio de recursos no estado à época em que comandava o Palácio Guanabara. O governador cassado alegou que, após seu afastamento do mandato, as apurações cessaram.
Em outra ponta, o senador Alessandro Vieira propôs as quebras de sigilo telefônico, telemático, bancário e fiscal de sete organizações sociais que operam Unidades de Pronto Atendimento, UPAs, e hospitais no Rio de Janeiro. De acordo com Witzel, os dirigentes dessas entidades pagam propina a autoridades em troca de contratos.
A lista inclui o Instituto Unir Saúde, a Viva Rio, a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, a Associação Filantrópica Nova Esperança, a Associação Mahatma Gandhi, o Instituto dos Lagos Rio e o Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde.
Além disso, como anunciado na quarta-feira, 16, os parlamentares pretendem chancelar a realização de uma reunião secreta com Witzel. Os requerimentos foram protocolados pelos senadores Randolfe Rodrigues e Alessandro Vieira após o governador cassado manifestar interesse em compartilhar informações sigilosas sobre um suposto conluio montado para incriminá-lo e submetê-lo ao impeachment. O esquema, segundo narrou, envolveria interferências na Polícia Federal.
"Eu aceito, sim, um pedido de uma reunião reservada com os membros da CPI. Não pode participar de uma reunião sob segredo de Justiça quem não é membro da CPI e quem não pode votar como juiz, como a Constituição outorga. Então, nesta reunião, eu faço questão de apresentar elementos para iniciar uma investigação contra pessoas que estão desvirtuando a atuação funcional. Nós vamos descobrir quem está patrocinando a investigação de governadores, quem está patrocinando essa narrativa criminosa", disse Witzel, na sessão de quarta.
Witzel perdeu o cargo em abril, quando o Tribunal Especial Misto aprovou, por unanimidade, o impeachment. O ex-juiz foi considerado culpado pela prática do crime de responsabilidade na gestão de contratos de Saúde durante a pandemia. Ele estava afastado do cargo desde agosto de 2020.
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Comentários (3)
Maria
2021-06-18 10:11:25É sério que o trunfo da CPI é Witzel???????
Sillvia2
2021-06-17 23:27:57Porque não publicaram nem um 😕 comentário de leitores?
Claudio
2021-06-17 12:11:55Um Juiz corupto e um politico cassado na conformidade om a Constituição pode denunciar alguem????? Só os idiotas da Mesa Diretora da CPI. Aliás o Renan (Presidente) sabe muito bem como se faz. E#le é useiro e vezeiro.