Divulgação/Sforza Holding

CPI pede condução coercitiva e apreensão de passaporte de Carlos Wizard

17.06.21 10:21

Diante da ausência de Carlos Wizard (foto) no depoimento agendado para a manhã desta quinta-feira, 17, na CPI da Covid, a cúpula do colegiado anunciou a decisão de pedir a notificação de autoridades para a condução coercitiva do empresário. O bilionário está nos Estados Unidos desde 14 de abril e, segundo justificou à comissão, acompanha o tratamento médico de um familiar.

A CPI vai requerer, ainda, que o passaporte de Wizard seja retido pela Polícia Federal “tão logo” ele ingresse em território nacional. “Carlos Wizard foi regularmente intimado a depor por diversos meios: postal, mensagem, celular e em conta de e-mail. Conforme anunciado na reunião de terça-feira, esta comissão adotará em relação ao depoente, assim como em relação a qualquer outro que se recusar a comparecer, o procedimento descrito na lei”, disse o presidente do colegiado, senador Omar Aziz.

O parlamentar relatou que, pela manhã, a Secretaria da CPI recebeu um pedido dos advogados do empresário por uma audiência para acertar uma data “mais adequada” para a inquirição. “É uma brincadeira dele, né? Uma data combinada para ele vir. É uma autoridade“, ironizou Aziz.

O bilionário é suspeito de integrar o “gabinete paralelo“, que aconselhou o presidente Jair Bolsonaro diante da pandemia às margens das orientações do Ministério da Saúde. A estrutura extraoficial teria, por exemplo, recomendado a propaganda da cloroquina para o tratamento da Covid-19 e investido na tese da “imunidade de rebanho“.

Na noite desta quarta-feira, 16, o empresário chegou a conquistar no Supremo Tribunal Federal o direito de permanecer em silêncio na CPI quando indagado sobre temas que pudessem levá-lo à autoincriminação. O habeas corpus foi concedido pelo ministro Luís Roberto Barroso.

O que me espanta é o cidadão procurar o STF para conseguir um habeas corpus para vir a esta CPI e ficar em silêncio nas perguntas que forem feitas a ele e, depois, não aparece. Para quê foi ao STF se não vinha?“, questionou Omar Aziz. “Carlos Wizard está achando que conseguir habeas corpus no STF é igual ir na quitanda comprar bombom. É uma falta de respeito“, completou.

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