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‘O colapso da ditadura é irreversível’, diz opositora venezuelana María Corina

01.02.19 17:38

A opositora venezuelana María Corina Machado (foto) é uma das vozes mais críticas contra a ditadura de Nicolás Maduro. Em entrevista a Crusoé, ela fala sobre o ponto de não-retorno a que chegou seu país e sobre a necessidade de uma mudança de valores.

Como a sra. avalia a reação brutal de Maduro contra o povo depois que o deputado Juan Guaidó proclamou-se presidente encarregado da Venezuela? O regime criminoso de Maduro e seus colegas já começou a cair. O colapso da ditadura é irreversível. Mas como eles têm uma mentalidade criminosa, estão dispostos a fazer qualquer coisa e semear a destruição somente para ganhar mais um dia de vida. Cada dia que passa é muito doloroso para a Venezuela. E, a cada minuto, a capacidade de Maduro fazer uma negociação real com a oposição também diminui. O ditador já não pode mais governar porque não tem recursos e nem liderança dentro das Forças Armadas. As únicas coisas que lhe sobram são a repressão e o medo.

O que acontecerá se os venezuelanos deixarem de sair às ruas para apoiar Juan Guaidó? Os venezuelanos nunca deixaram de sair às ruas nos últimos anos. Não apenas tivemos enormes manifestações em 2014, 2016 e 2017, como ocorreram dezenas de protestos diários em várias regiões do país. Mas muitos desses atos não foram divulgados porque não há acesso à internet ou porque os meios de comunicação não falam sobre essas demonstrações de descontentamento. Hoje, os venezuelanos entenderam que passaram por um ponto de não-retorno, e que Juan Guaidó merece o reconhecimento e a proteção de todos nós. Está claro que esta oportunidade é distinta. Existe apoio internacional e muitos membros das Forças Armadas se voltaram contra Nicolás Maduro. Os venezuelanos estão coesos e determinados a dar uma ruptura histórica a esse regime.

Tirar Maduro do poder é o único objetivo? Não é só isso. Queremos mudar todo um sistema de valores. Queremos que a Venezuela saia do socialismo empobrecedor. Por várias décadas, o populismo e o clientelismo tragaram nossa nação para essa tragédia. Desejamos uma Venezuela aberta para o mundo em que vigorem as liberdades e o empreendedorismo. Em que existam investimentos e prosperidade. A Venezuela regressará ao bloco de nações ocidentais muito em breve.

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