Crusoé
01.07.2025 Fazer Login Assinar
Crusoé
Crusoé
Fazer Login
  • Acervo
  • Edição diária
Edição Semanal
Pesquisar
crusoe

X

  • Olá! Fazer login
Pesquisar
  • Acervo
  • Edição diária
  • Edição Semanal
    • Entrevistas
    • O Caminho do Dinheiro
    • Ilha de Cultura
    • Leitura de Jogo
    • Crônica
    • Colunistas
    • Assine já
      • Princípios editoriais
      • Central de ajuda ao assinante
      • Política de privacidade
      • Termos de uso
      • Política de Cookies
      • Código de conduta
      • Política de compliance
      • Baixe o APP Crusoé
    E siga a Crusoé nas redes
    Facebook Twitter Instagram

    ‘O Brasil está atrasado na discussão sobre crimes cibernéticos’, diz o procurador Vladimir Aras

    No fim de julho, o presidente Jair Bolsonaro enviou ao Congresso a proposta de adesão ao texto da Convenção de Budapeste sobre Crimes Cibernéticos. O tratado internacional é de 2001 e há quase 15 anos o Ministério Público Federal pressionava o governo a aderir ao acordo, que facilita a cooperação entre países para a investigação...

    Crusoé
    6 minutos de leitura 08.08.2020 12:06 comentários 3
    Vladimir Aras
    • Whastapp
    • Facebook
    • Twitter
    • COMPARTILHAR

    No fim de julho, o presidente Jair Bolsonaro enviou ao Congresso a proposta de adesão ao texto da Convenção de Budapeste sobre Crimes Cibernéticos. O tratado internacional é de 2001 e há quase 15 anos o Ministério Público Federal pressionava o governo a aderir ao acordo, que facilita a cooperação entre países para a investigação de crimes como pedofilia, violação de direito de autor e terrorismo cibernético.

    A possível adesão do Brasil à convenção -- o Congresso ainda precisa dar o aval -- foi comemorada no MP. Ex-chefe da Secretaria de Cooperação Jurídica Internacional do Ministério Público Federal, o procurador da República Vladimir Aras é um dos maiores entusiastas do tema. Ele estuda a Convenção de Budapeste e suas implicações há mais de uma década e chegou escolher o acordo como tema de sua dissertação de mestrado.

    O procurador, que chefiou a área de cooperação jurídica internacional da Procuradoria-Geral da República na gestão de Rodrigo Janot (ele é primo do atual PGR, mas não integra o núcleo mais próximo de Augusto Aras na instituição), fala nesta entrevista a Crusoé sobre a demora do país na ratificação do tratado e diz que o Brasil está atrasado nas discussões mundiais sobre crime cibernético.

    Além de simplificar a apuração de casos, a adesão vai permitir novos meios de obtenção de provas digitais, como informações armazenadas em sistemas de computação em nuvem, cada vez mais usados por criminosos. “Será um ganho fenomenal para a cooperação internacional do Brasil”, explica Vladimir Aras.

    Qual a importância de o Brasil se engajar, depois de quase 20 anos, na ratificação da Convenção de Budapeste?
    Tenho acompanhado o assunto desde 2002 e esperava ansiosamente por este momento. A convenção foi o tema da minha dissertação de mestrado. Ela é a única convenção global sobre cibercriminalidade e o Brasil está atrasado nessa discussão. Desde 2006, o Ministério Público vinha pedindo ao governo para que o Brasil aderisse à Convenção de Budapeste. Felizmente, agora houve avanços. Assim que o Congresso aprovar, e espero que o tema seja colocado rapidamente nas comissões, o Brasil poderá aderir e ingressar na discussão de um novo tratado que complemente a Convenção de Budapeste, para tratar de cloud computing, a computação em nuvem.

    O Brasil terá que adequar sua legislação para aderir à convenção?
    A convenção trata de aspectos de prevenção, repressão, determina a criminalização de certas condutas, mas quase todos os crimes já temos previstos aqui, seja no Código Penal, seja no Estatuto da Criança e do Adolescente. O texto determina também que haja mecanismos instrumentais para a investigação. Muitos também já temos, como técnicas especiais de investigação. No aspecto da cooperação internacional, ainda temos muito o que avançar. Vai ser preciso mudar algumas coisas da legislação processual. Ao longo dos anos, o Congresso, justamente por perceber o avanço da criminalidade tecnológica, garantiu a adequação. Teve a CPI da Pedofilia, foram feitas leis após casos envolvendo artistas e personalidades, como a Lei Carolina Dieckmann, e em função de casos graves como o que atingiu a ativista Lola Aronovich (os ataques à blogueira motivaram a criação de uma lei que dá à PF a prerrogativa de investigar a difusão de conteúdo misógino). Esse movimento tem sido feito nos últimos anos.

    Por que o Brasil demorou quase 20 anos para aderir a uma convenção que é importante para aprimorar os mecanismos de investigação?
    Os empecilhos são praticamente todos de natureza política. Houve uma resistência de governos anteriores. Essa resistência se relacionava, segundo alguns, no sentido da orientação da Rússia, que é contrária à Convenção de Budapeste. Tanto que hoje existe uma proposta de convenção das Nações Unidas, que está sendo capitaneada pela Rússia. Nos últimos anos, eles conseguiram montar um grupo no âmbito da ONU para começar a trabalhar nisso, mas a tarefa demanda um esforço gigantesco e demorará mais de uma década até que tenhamos algum resultado. Nada impede o Brasil de querer uma convenção global também, mas o ideal é entrar na que já existe, que é europeia, mas é aberta. A Convenção de Budapeste tem 75 estados partes, boa parte deles não europeus, como Chile e Estados Unidos.

    A adesão à convenção ajuda na obtenção de provas digitais de cibercrimes ou de todo o tipo de criminalidade?
    A adesão à convenção vai facilitar o acesso a provas digitais em qualquer tipo de crime. Há um protocolo em elaboração sobre computação na nuvem, que tem como objetivo principal justamente facilitar acesso a provas digitais. Tanto a União Europeia quanto o Conselho da Europa identificaram dificuldades no acesso a provas mantidas em provedores de acesso cuja sede é no exterior. O modelo da Convenção de Budapeste permite o contato direto da autoridade investigante com o provedor, tem um espaço jurídico regulamentado para que os provedores passem informações cadastrais ou de conteúdo, se for o caso. Isso facilita muito a atuação do estado, do MP e da polícia, sobretudo em investigações de pedofilia na internet, de abuso sexual de crianças e adolescentes na internet, crimes de terrorismo, propaganda terrorista e outros crimes graves.

    Essa cooperação pode ajudar em investigações de corrupção ou casos de lavagem de dinheiro, por exemplo?
    No momento em que se implementam os mecanismos de busca de provas digitais, é claro que isso abre a possibilidade de uso dos mecanismos para outros tipos de delinquência, para crimes comuns que tenham provas digitais. Então, será um ganho fenomenal para a cooperação internacional do Brasil e para o fortalecimento das medidas de prevenção de delinquência, especialmente crimes como pedofilia e abuso sexual infantil.

    Diários

    Trump vai reformar a prisão de Alcatraz?

    Crusoé Visualizar

    Não vem ninguém para a reunião do Brics de Lula?

    Crusoé Visualizar

    Polícia investiga morte de testemunha-chave de caso Odebrecht no Peru

    Crusoé Visualizar

    Proposta orçamentária criticada por Musk é aprovada no Senado

    Crusoé Visualizar

    Trump 'não sabe' se vai deportar Elon Musk

    Crusoé Visualizar

    Mais um capítulo na briga entre Musk e Trump

    Crusoé Visualizar

    Mais Lidas

    A mágoa de Bolsonaro com o ex-comandante da FAB

    A mágoa de Bolsonaro com o ex-comandante da FAB

    Visualizar notícia
    Bukele invoca meme de 'Thanos' contra críticos de seu governo

    Bukele invoca meme de 'Thanos' contra críticos de seu governo

    Visualizar notícia
    Contra a ameaça nuclear

    Contra a ameaça nuclear

    Visualizar notícia
    E agora, Gleisi?

    E agora, Gleisi?

    Visualizar notícia
    Haddad usa Bolsonaro em sessão pública de bajulação a Lula

    Haddad usa Bolsonaro em sessão pública de bajulação a Lula

    Visualizar notícia
    Kim e os soldados mortos na Ucrânia

    Kim e os soldados mortos na Ucrânia

    Visualizar notícia
    Mais um capítulo na briga entre Musk e Trump

    Mais um capítulo na briga entre Musk e Trump

    Visualizar notícia
    Não é a direita que vai ganhar a eleição de 2026

    Não é a direita que vai ganhar a eleição de 2026

    Visualizar notícia
    Não vem ninguém para a reunião do Brics de Lula?

    Não vem ninguém para a reunião do Brics de Lula?

    Visualizar notícia
    Polícia investiga morte de testemunha-chave de caso Odebrecht no Peru

    Polícia investiga morte de testemunha-chave de caso Odebrecht no Peru

    Visualizar notícia

    Tags relacionadas

    crimes cibernéticos

    MPF

    procurador da República

    provas digitais

    Vladimir Aras

    < Notícia Anterior

    Planalto vai gastar R$ 6 milhões para adquirir mais de mil celulares e turbinar internet

    08.08.2020 00:00 | 4 minutos de leitura
    Visualizar
    Próxima notícia >

    Deputados e senadores acumulam R$ 62 milhões em débitos na Dívida Ativa

    08.08.2020 00:00 | 4 minutos de leitura
    Visualizar

    Crusoé

    Suas redes

    Twitter Instagram Facebook

    Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

    Comentários (3)

    Marci

    2020-08-10 07:13:40

    Se ajudar em casos de corrupção e lavagem de dinheiro .... daí não será incentivado.


    Vera

    2020-08-09 08:32:17

    Nosso país é, não está, atrasado em tudo ! Nem tratamento de esgoto tem ! Com esses politiqueiros de uma figa nunca irá a lugar algum ! Até parece atrasado em Cibernética ! Ká Ká Ká


    MARCELO

    2020-08-08 13:24:21

    o Brasil está atrasado na discussão de crimes...


    Torne-se um assinante para comentar

    Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

    Comentários (3)

    Marci

    2020-08-10 07:13:40

    Se ajudar em casos de corrupção e lavagem de dinheiro .... daí não será incentivado.


    Vera

    2020-08-09 08:32:17

    Nosso país é, não está, atrasado em tudo ! Nem tratamento de esgoto tem ! Com esses politiqueiros de uma figa nunca irá a lugar algum ! Até parece atrasado em Cibernética ! Ká Ká Ká


    MARCELO

    2020-08-08 13:24:21

    o Brasil está atrasado na discussão de crimes...



    Notícias relacionadas

    Trump vai reformar a prisão de Alcatraz?

    Trump vai reformar a prisão de Alcatraz?

    Crusoé
    01.07.2025 17:30 2 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Não vem ninguém para a reunião do Brics de Lula?

    Não vem ninguém para a reunião do Brics de Lula?

    Crusoé
    01.07.2025 16:13 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Polícia investiga morte de testemunha-chave de caso Odebrecht no Peru

    Polícia investiga morte de testemunha-chave de caso Odebrecht no Peru

    Crusoé
    01.07.2025 16:00 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Proposta orçamentária criticada por Musk é aprovada no Senado

    Proposta orçamentária criticada por Musk é aprovada no Senado

    Crusoé
    01.07.2025 15:25 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Crusoé
    o antagonista
    Facebook Twitter Instagram

    Acervo Edição diária Edição Semanal

    Redação SP

    Av Paulista, 777 4º andar cj 41
    Bela Vista, São Paulo-SP
    CEP: 01311-914

    Redação Brasília

    SAFS Quadra 02, Bloco 1,
    Ed. Alvoran Asa Sul. — Brasília (DF).
    CEP 70070-600

    Acervo Edição diária

    Edição Semanal

    Facebook Twitter Instagram

    Assine nossa newsletter

    Inscreva-se e receba o conteúdo de Crusoé em primeira mão

    Crusoé, 2025,
    Todos os direitos reservados
    Com inteligência e tecnologia:
    Object1ve - Marketing Solution
    Princípios Editoriais Assine Política de privacidade Termos de uso