Paulo Pinto/Agência Brasil

O balé de Lula e Romeu Zema em Minas Gerais

05.02.24 15:04

Lula chega, nesta quarta-feira, 7, a Belo Horizonte, para uma única agenda na cidade. Desde que venceu o segundo turno, há quase 16 meses, essa será a primeira vez que o presidente irá ao estado, considerado o fiel da balança nas eleições presidenciais.

A agenda passou por reajustes recentes — e, vindo do Rio de Janeiro, Lula deve deixar na mão uma figura importante do partido. Margarida Salomão, ex-deputada e prefeita de Juiz de Fora (MG), iria receber o presidente para a assinatura de novos contratos do hospital universitário na cidade. Agora, é Margarida quem deverá encontrar o presidente na capital.

O petista vem atrasadamente ao estado, o único da região Sudeste onde venceu Jair Bolsonaro (PL), para o que seu gabinete chama de “prestação de contas”. Um evento para 800 convidados, no centro de convenções na capital mineira, deve servir de palanque para o governo. Na caravana, o petista vai levar a tiracolo os ministros Rui Costa (Casa Civil); Alexandre Silveira (Minas e Energia); Renan Filho (Transportes); Camilo Santana (Educação); Nísia Trindade (Saúde); e Esther Dweck (Gestão e Inovação).

Lula aparece na capital mineira no momento em que a corrida eleitoral começa a esquentar — e repetir a polarização que o levou ao poder. Em BH, o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) deve ser o candidato do partido, que deve competir com Bruno Engler (PL), apoiado por Jair Bolsonaro.

Apesar do Palácio do Planalto indicar que todas as autoridades do estado serão bem-vindas no evento, é incerto se Romeu Zema (Novo), o governador do estado, dará às caras. Ele e Lula têm posições antagônicas e, no 8 de Janeiro deste ano, Zema fez que ia — mas acabou não indo ao evento do governo federal sobre a invasão aos prédios públicos por bolsonaristas.

Ele, no entanto, não pode escapar da necessidade de renegociar a dívida bilionária que o estado tem com a união. Enquanto o governador e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se tratam aos cutucões, Zema tenta estabelecer pontes de diálogo com o governo — ele teria pedido uma reunião com Lula e sua equipe, durante a passagem no estado, para discutir a questão.

Resta saber se Zema acabará subindo ao palco como, na semana passada, subiu o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O ex-ministro de Bolsonaro apareceu rindo ao lado do presidente, e gerou cenas que irritaram parte da sua base.

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  1. Atualizando: O Governador solicitou vinte minutos da agenda do Presidente para tratar da dívida de MG; estradas federais necessitando de recuperação urgente e outros assuntos. E mais, só para lembrar : essa dívida de MG era 14 BI e teve início na década de 1990 com a falência dos Bancos Estatais. Em valores nominais já foi paga várias vezes, mas com os juros exorbitantes cresce exponencialmente.

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