Divulgação/Palácio Miraflores

O “anão diplomático” recebe negociações entre Guiana e Venezuela

25.01.24 10:44

A diplomacia brasileira vai receber, nesta quinta-feira, 25, uma nova rodada de conversas entre a Venezuela e a Guiana, sobre a tomada, por parte da ditadura bolivariana de Nicolás Maduro, da região de Essequibo, que corresponde a mais de metade da área sob o governo de Georgetown. O referendo da Venezuela, rechaçado por grande parte da comunidade internacional, é usado por Maduro para justificar a entrada na região, rica em petróleo

Essa será a segunda rodada de negociações entre os dois lados. A iniciativa original ocorreu na pequena ilha caribenha de São Vicente e Granadinas, que se valeu de uma reunião de chefes de estado da região para colocar Maduro e Irfaan Ali, o presidente guianês, na mesma mesa.

Agora é a vez do Brasil, o “anão diplomático”, querer seu quinhão de protagonismo – que nem será grande coisa assim. Para começo de conversa, apenas os chanceleres dos países devem comparecer ao palácio do Itamaraty.  Além deles, os chanceleres granadinenses e da também ilha caribenha de Dominica (que está na presidência da Comunidade do Caribe) estarão na conversa.

No papel, o Brasil usou do diplomatiquês para dizer que quer a paz na região. “O Governo brasileiro valoriza o compromisso da Guiana e da Venezuela com o processo de diálogo ora em curso, facilitado por atores e mecanismos regionais”, insistiu o Itamaraty em um comunicado anterior à reunião. Mauro Vieira, o chanceler brasileiro, parece esperar “o espírito de integração que move os países da América Latina e do Caribe com vistas a consolidar a região como uma zona de paz, cooperação e solidariedade.”

A reunião deve ser acompanhada por Celso Amorim, o assessor de Lula que age como o “chanceler particular” do presidente – foi ele que acompanhou a primeira reunião entre os países no Caribe, em dezembro.

Leia mais em Crusoé: Lula dá posse à nova embaixadora junto a Maduro

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  1. Maduro só "se esqueceu" de consultar o povo de Essequibo sobre com quem aquele território deve ficar. Mas isso é o de menos, né?

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