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No desespero, Maduro vai contra a nacionalização dos recursos naturais

30.01.20 16:40

A nacionalização dos recursos naturais tem sido uma bandeira de vários governos de esquerda na América Latina. Na Venezuela, Hugo Chávez baixou um decreto em 2006 estabelecendo que a estatal PDVSA se tornaria sócia majoritária em todos os projetos petroleiros. Multinacionais que não quiseram se adequar às novas normas foram obrigadas a deixar o país. No mesmo ano, o ex-presidente da Bolívia Evo Morales tomou duas refinarias da Petrobras e de outras companhias estrangeiras.

Agora, o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro (foto), está caminhando no sentido oposto. O governo está negociando com a empresa russa Rosneft, com a espanhola Repsol e com a italiana ENi. A ideia é simplesmente deixar que os estrangeiros assumam a operação de algumas unidades. “Maduro está desesperado porque a produção caiu para os níveis de 1930 e a Venezuela está completamente sem dinheiro. Ele foi forçado a deixar a ideologia de lado”, diz o economista venezuelano José Toro Hardy.

Antes de Hugo Chávez assumir o poder, em 1999, a Venezuela produzia 3,5 milhões de barris diários de petróleo. Pelos investimentos que estavam sendo feitos, atualmente o país deveria estar produzindo 5 milhões. Contudo, em meados de janeiro a produção estava em 714 mil barris por dia.

A PDVSA não apenas não tem capital para investir e elevar a produção como também não tem técnicos capazes para a função. Nas greves de 2002 e 2003, Chávez demitiu metade dos empregados da petrolífera, sendo que a maior parte deles tinha mais de quinze anos de casa. Com isso, a PDVSA hoje carece de bons quadros técnicos e gerenciais.

A solução então seria a de que os estrangeiros assumissem integralmente as instalações. O problema, contudo, é que não há existe hoje qualquer segurança jurídica na Venezuela. Qualquer companhia que colocar dinheiro por lá corre o risco de sofrer uma nacionalização em seguida. Além disso, poderia ter problemas com as sanções americanas.

“Dificilmente empresas americanas ou europeias aceitariam riscos dessa natureza”, diz o economista venezuelano Giorgio Cunto, da consultoria Ecoanalítica, em Caracas. “O mais provável é que os russos, que têm sido muito agressivos para aumentar a participação no setor de energia, assumam essas instalações.”

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  1. Acho que o Lula, a Dilma, o Zé Dirceu, o Haddad, a Gleise, a esquerda representada pelo PSOL e PCdo B, mais Caetano Veloso, Chico Buarque e Zélia Duncan também deveriam ir pra Venezuela para ajudarem o Sr. Maduro, o ditador de plantão.

  2. É, Leandro, deveriam todos eles é se mudarem para lá definitivamente, para "usufruírem" o resto da existência do "sedutor" "paraíso socialista""!!

    1. Toda força, saúde e proteção ao heróico PRESIDENTE JUAN GUAIDÓ, um verdadeiro patriota, corajoso, firme, decente, ético, honesto, inteligente, determinado e amoroso de verdade do seu povo e do seu país!!!

    2. A Venezuela, dói saber, ainda terá tristes, trágicos e sombrios tempos até tornar-se um país normal novamente... esse ditador criminoso e perverso já dilapidou todo o lastro do Tesouro Nacional venezuelano, roubando-o para si e, para pagar os "seus" militares bandidos e demais traidores. É inimaginável de onde e como nossos irmãos se reconstruirão e à sua outrora rica e próspera Venezuela!

  3. Os frutos lógicos e naturais do socialismo. Quanto a eventual investidores a assumirem refinarias, está mais para os russos. Eles são os maiores fiadores do governo Maduro.

  4. Estava na hora das liderancas de esquerda lideres do Foro de Sao Paulo todas irem pra Venezuela ajudar Maduro. Onde esta o espirito de solidariedade do pessoal da esquerda? O do Chico Buarque dizem q esta em Paris.

    1. É, Leandro, deveriam todos eles é se mudarem para lá definitivamente, para "usufruírem" o resto da existência do "sedutor" "paraíso socialista""!!

  5. Entregar as instalações para os russos como assim, se os russos não estão lá essa Brastemp? É trocar 6 por 1/2 dúzia.

  6. Esse mesmo destino seria o do Brasil caso tivesse sido eleito o Haddad, hoje, administrando o país sob as ordens do Molusco, Zé Dirceu, Foro de Sao Paulo, junto ainda com Gleisse, Boulos e o restante da lixarada.

    1. Tomara que ia gênios citados aceitem o convite kkkkkk

  7. A serviço, estive na Venezuela várias vezes. Era um país rico. O populismo barato afugentou não apenas investidores. Com o êxodo de engenheiros e técnicos de petróleo, iniciou-se emigração maciça de talentos. Quando é acentuada a fuga de cérebros, o que sobra no país é o resto. E o resto se encarrega de esculhambar tudo: a pesquisa, a produção, o refino e a distribuição de produtos essenciais ao crescimento. Que esperar de ineptos? Nada se aproveita; nem jazidas, nem mesmo a p**ra da árvore.

  8. Ditadura só sobrevive como qualquer um; precisa de dinheiro. Não tem como imprimir. Emprestar? Quem emprestaria para quem está falido? Ninguém. (Só os governos do PT). Então vai ter que chamar quem faz. Chama os russos. É a vida.

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