Gage Skidmore via Flickr

Nikki Haley não entrega os pontos (ainda)

24.01.24 11:49

Nikki Haley (foto), a última concorrente contra Donald Trump dentro do partido republicano, perdeu a segunda primária contra o ex-presidente. Desta vez em New Hampshire, Donald Trump teve uma vitória mais apertada: às 11 da noite, horário local, ele tinha 54% dos votos; ela, 45% do total.

Mas, ao contrário dos dois candidatos que desistiram na última semana (Vivek Ramaswamy e Ron DeSantis), ela indicou ainda ter algum fôlego.

“Eles [a classe política] se apressam em dizer que a corrida acabou, mas eu tenho uma notícia para todos eles: New Hampshire é a primeira do país, não é a última”, disse Haley aos seus apoiadores no estado de 1,3 milhão de habitantes. “Essa disputa está longe de acabar e ainda há dezenas de estados para percorrer.”

Ela, que parabenizou Trump pela vitória, guarda suas fichas para a terceira primária — a que talvez seja a mais importante para a sua campanha. Em 3 de fevereiro, os eleitores da Carolina do Sul, seu estado natal, votarão nas primárias republicanas.

O estado é o berço político de Haley e onde ela foi governadora por dois mandatos, entre 2011 e 2017.Ela deixou o cargo para justamente se aliar a Trump, como sua embaixadora para as Nações Unidas em Nova York. Ela ficou no cargo por dois anos e passou a antagonizar com ele após a demissão.

O problema para Haley é justamente o domínio quase hegemônico de Trump. O agregador de pesquisas do site FiveThirtyEight aponta Trump com 62,2% da preferência do eleitorado, quase 40 pontos percentuais à frente de Haley, historicamente a segunda colocada. Nem quando outros concorrentes estavam no páreo, Trump se viu, de fato, ameaçado.

Com o apoio explícito dos outros candidatos a Trump, no entanto, ficará cada vez mais difícil que Haley justifique sua oposição interna ao ex-presidente.

A capa da Crusoé desta semana é justamente sobre o retorno aparenentemente imparável de Donald Trump. Assinada por Duda Teixeira, a reportagem explica por que ele voltou ao cenário político americano e parece se fortalecer politicamente a cada vez que novos casos judiciais (e já são 91 deles) recaem sobre sua figura.

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