Nigéria registra aumento de ataques jihadistas contra cristãos
Segundo a ONG Portas Abertas, mais de três mil nigerianos foram assassinados pelo Boko Haram e outros grupos terroristas

A violência de grupos jihadistas contra cristãos na Nigéria cresceu durante o governo do ex-presidente Muhammadu Buhari.
Organizações terroristas como o Boko Haram, no norte do país, e o Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP, na sigla em inglês), perseguem os fiéis em diversas regiões do país.
Os ataques são facilitados devido à ineficácia das ações governamentais contra os grupos criminosos.
Recorde
De acordo com a ONG Portas Abertas, a Nigéria foi responsável por 69% das mortes de cristãos no mundo, ocupando a 7ª posição da Lista Mundial da Perseguição 2025.
Ao todo, mais de 3.100 nigerianos foram assassinados em razão da fé.
Já 2.380 foram sequestrados por organizações jihadistas.
Sharia
No norte do país, os cristãos vivem sob a sharia, a lei islâmica que estabelece regras rígidas e restritivas.
“Eles mataram muitos do nosso povo, incluindo muitos da família do meu marido. Por causa do caos, estávamos apenas correndo sem rumo”, disse a Imma, sobrevivente de um massacre em Benue, à ONG Portas Abertas.
Mas a violência se espalhou para o meio e até para o sul da Nigéria.
A ONG conta que mulheres são sequestradas e alvos de violência sexual.
“Acho que eles querem nos converter à força ao islã, mas como não estamos fazendo isso, continuam nos atacando até que talvez percamos a fé", afirmou outro cristão perseguido.
Refugiados
O relatório da Portas Abertas indica que mais de 100 mil nigerianos foram forçados a fugir para outras regiões do país.
Outros países como Mianmar, Burkina Faso, República Democrática do Congo e Índia, juntos, totalizam quase 70 mil casos, representando cerca de 38% do total.
África Subsaariana
No total, mais de 16 milhões de cristãos foram expulsos de suas casas em países da África Subsaariana.
A perseguição jihadista também atinge cidadãos de Burkina Faso, onde mais de 4 mil cristãos foram mortos desde 2023.
Segundo a ONG, vilas inteiras já foram destruídas, mulheres são vítimas de abusos sexuais e meninos são obrigados a se a se alistar no exército jihadista.
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