Na análise do recurso de Lula, o julgamento das mensagens vazadas
Na rejeição do segundo recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, nesta terça-feira, 25, pesou um fato que não existia no início da análise do habeas corpus, interrompida em dezembro pelo pedido de vista do ministro Gilmar Mendes: as mensagens vazadas atribuídas a integrantes da Lava Jato....
Na rejeição do segundo recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, nesta terça-feira, 25, pesou um fato que não existia no início da análise do habeas corpus, interrompida em dezembro pelo pedido de vista do ministro Gilmar Mendes: as mensagens vazadas atribuídas a integrantes da Lava Jato.
Primeiro a votar, Gilmar Mendes citou as conversas divulgadas pelo site The Intercept como motivo para apoiar a proposta que fez de o petista ser solto até que o mérito do recurso terminasse de ser analisado pela turma do Supremo. "Não há como negar que as matérias possuem relação com fatos públicos e notórios cujos desdobramentos ainda estão sendo analisados", argumentou.
No pronunciamento seguinte, Edson Fachin também abordou as mensagens, mas para questionar o seu uso no processo. Por dois motivos: os diálogos não constavam do pedido original da defesa e sua autenticidade não foi ainda comprovada.
"Não se tem aludido que o devido material tenha passado pelo escrutínio das autoridades", afirmou o ministro, ecoando uma queixa feita por Moro na audiência no Senado na semana passada. "Entendo que não se trata de fato notório no sentido técnico e processual", acrescentou.
No voto que empatou em 2 a 2 o julgamento, o decano Celso de Mello (foto) reforçou a tese de que não se podia aceitar a veracidade dos diálogos, "em razão de seu conteúdo ter sido contestado pelo ex-juiz quanto à sua autenticidade".
O decano chegou a lembrar de um julgamento anterior da conduta de Moro para questionar as mensagens: em 2013, o ministro teve sua atuação analisada pela mesma turma em outro caso de corrupção, o Banestado. Mello lembrou que na ocasião, em que ele foi voto vencido ao pedir a anulação do processo, a Segunda Turma entendeu que um juiz só pode ser afastado de um caso quando houver certeza absoluta e "prova induvidosa" da parcialidade do magistrado.
O ministro lembrou que, no caso do tríplex, há "três títulos condenatórios emanados", lembrando as condenações em instâncias diferentes contra o ex-presidente. Depois de Mello, foi a vez de Cármen Lúcia desempatar contra Lula, que agora terá de esperar o mérito do recurso ser analisado no segundo semestre.
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Comentários (10)
Sandra
2019-06-27 01:18:12Antes de soltar preso, têm que provar se as gravações são autênticas!!! Se, para cada gravação divulgada, um preso for solto, para só depois avaliarem a veracidade das gravações, daí pode surgir um comércio vergonhoso por liberdade, dentro do judiciário!!!
Antonio
2019-06-26 18:34:55Não é atoa que gente rica faz o que quer com a justiça! Prende mas, fica solto, ou ficam com liberdade que outro preso jamais possue e outros ficam mesmo presos, tentando insistentemente dizer que é inocente quando todas provas são ao contrário!
João Carlos
2019-06-26 12:42:49O Lularápio ta acabando com a grana rapinada pela Orcrim petista, pagando esse advogado que não ganha uma sequer, continue Zanin.
Carlos
2019-06-26 11:15:10mensagens truncadas, roubadas de autoridades, por hacker, divulgadas por estrangeiro, já são 3 crimes. a esquerda acredita nisto. portanto, é mentira.
Vera
2019-06-26 09:03:16Todos nas ruas domingo dia 30 !Assim como fazem no carnaval e na parada gay
Vera
2019-06-26 09:01:57É o fim do mundo mesmo ! Põe- se em dúvida a honradez do Ministro Moro mas não considera o tamanho do ESTRAGO que o meliante de Curitiba causou ao País !Verdadeiramente uma HIPOCRISIA DESCARADA desses togados indecentes.
André
2019-06-26 08:57:49Não entendo porque esse pessoal ainda não está preso... Onde já se viu! Divulgar calúnias e invadir comunicação de autoridades, e vai ficando por isso mesmo e tal...
Geraldo
2019-06-26 08:28:55Enquanto isso o amestrador de burros vai mofando em Curitiba.
Thiago
2019-06-26 08:10:02Só pra esse meliante que se dá esse tanto de recursos?
Estela
2019-06-26 07:54:10O país ainda ter que conviver com a sobrevida tóxica e perversa do Lulopetismo é tremendamente triste... É um espetáculo patético!