'Muitos dos que nos criticam podem pôr a mão no bolso para ajudar', diz Salles sobre desmatamento
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (foto), comentou nesta quinta-feira, 3, o novo recorde de desmatamento na Amazônia Legal. A devastação da região foi de 11.088 km² entre 1º de agosto de 2019 e 31 de julho de 2020, a maior taxa registrada desde 2008. Na tradicional live do presidente Jair Bolsonaro, Salles culpou...
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (foto), comentou nesta quinta-feira, 3, o novo recorde de desmatamento na Amazônia Legal. A devastação da região foi de 11.088 km² entre 1º de agosto de 2019 e 31 de julho de 2020, a maior taxa registrada desde 2008.
Na tradicional live do presidente Jair Bolsonaro, Salles culpou governos anteriores pelo desmate e afirmou que muitos dos que criticam a atual gestão "podem pôr a mão no bolso e colocar recursos para ajudar", sem especificar a quem se referia.
O ministro fez menção a outros recordes, como o de 2004, quando houve o registro da segunda maior taxa de desmatamento da Amazônia na história. Naquele ano, 27.772 km² foram devastados. Em razão dos índices, o governo Lula implementou o Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal, o PPCDAm.
Após o projeto ser colocado em prática, o desmate chegou ao menor índice em 2012, na gestão Dilma Rousseff. Entretanto, desde então, as taxas voltaram a subir. Na concepção de Salles, as novas altas ocorreram porque, quando os governos anteriores conduziram a política de enfrentamento da devastação, não se "preocuparam em cuidar das pessoas, dos 23 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia".
"Quando você não cuida das pessoas, a pressão das atividades ilegais, a pressão por ganhar recursos de alguma forma aumenta muito. Então, o que a gente tem feito aqui no governo do presidente Bolsonaro? Uma preocupação grande em combater toda a criminalidade. A tolerância 0 contra o crime é também na questão ambiental. Mas nós colocamos as pessoas em primeiro lugar", disse. "Essa turma foi deixada para trás em governos anteriores. Não se preocuparam em deixar para eles oportunidade de emprego, renda, de ter coisas lícitas, coisas corretas, alternativas para viver. E nós estamos muito preocupados com essas pessoas", completou.
Salles ressaltou que a taxa de desmatamento ao longo deste ano ano foi "bem abaixo" da registrada em 2004 e 2005 e está "mais ou menos na faixa" do índice de 2008, quando foram destruídos 12.991 km² de mata. "Isso não quer dizer que estejamos contentes com isso. Mas tem que trazer, como já disse, prosperidade para a região. E muitos dos que nos criticam podem pôr a mão no bolso e colocar recursos para ajudar. Dar palpite de graça é fácil. Agora, colocar dinheiro em cima da mesa, em valores compatíveis com a magnitude do problema é outra história", disparou.
O ministro, entretanto, não fez uma mea culpa. A alta do desmatamento é de 9,5% em relação ao período anterior. Em 2019 o desmatamento foi de 10.129 km2, num crescimento de 34% em relação ao intervalo de tempo que correspondeu a cinco meses de gestão do governo de Michel Temer e sete meses da Presidência de Jair Bolsonaro.
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Comentários (10)
Lucia
2020-12-08 01:53:50Ta pedindo dinheiro pra quem?? Até então o discurso era outro: o Brasil não podia abrir mão da sua soberania. Agora quer a ajuda dos europeus? Vai acabar falando sozinho...
Otavio
2020-12-04 20:00:10Esse governo patético desprezou o dinheiro para a Amazónia e agora vem com essas pérolas desse ministro desqualificado. #bolsonaronuncamais
Edmundo
2020-12-04 16:22:02No Brasil está cheio de Ambientalista ao redor de litro de whisky! Só fala bobagem! Deixa Ministro trabalhar.
ANTÔNIO
2020-12-04 09:57:58Esse ministro FDP é patético! Lembro bem quando ele negou recursos estrangeiros em 2019 alegando que o Brasil não precisava porque estava indo muito bem. Ele nunca vai assumir que o presidente tem uma dívida com os grileiros e garimpeiros ilegais.
Vimar
2020-12-04 09:42:01Esse, nem comentário merece.
Velhinha de Taubaté
2020-12-03 23:58:54Esse Ministro que sugere que seus críticos ponham a mão no bolso e ajudem, devia era por a mão na consciência, tomar vergonha na cara e pedir demissão do cargo. Não passa de um incompetente, totalmente irresponsável.
FRANCISCO
2020-12-03 23:38:30Acho que ele se esqueceu que Alemanha e Noruega davam $$ e o desgoverno federal desdenhou, bateu de frente e perderam o tutu. Agora quer de volta, oferecendo o quê??
Andre
2020-12-03 23:01:28Reportagem mal feita, afinal aumentou o desmatamento legal ou o ilegal????? Se foi o ilegal é caso de polícia. Se foi o legal, os deputados e senadores têm que mudar a lei. O Poder executivo. Ministério do meio ambiente só fiscaliza, se desmatou 20 % está dentro da lei, portanto legal. Se querem desmatamento zero mudem a lei. Ainda sugiro que para cada árvore por nós conservada, europeus e americanos plantem outra em suas áreas de agricultura desmatadas 100 %.
Raimundo Costar
2020-12-03 22:58:53Esse sujeito não tem qualquer compromisso com o meio ambiente. Subserviente extremado aos “principios” do seu chefe, está se lixando para a Amazônia, como de resto para tudo o q representar meio ambiente, com essa conversa canhestra de q só pensa no bem estar do povo dessas regiões. Quer servir aos poderosos. Papo furadissimo!
Marco
2020-12-03 22:51:45Quando recebem críticas rebatem com a tal soberania nacional. Agora querem dinheiro internacional para fazer o que a Lei Brasileira determina! Ser humano desconexo!