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Mileipalooza

23.05.24 12:01

Raios de luz branca, fumaça e guitarras elétricas. Essa foi a atmosfera escolhida por Javier Milei, presidente da Argentina, para lançar o livro “Capitalismo, socialismo e a armadilha neoclássica” (Editorial Planeta) nesta quarta-feira, 22.

Acompanhado pelo deputado Bertie Benegas Lynch na bateria, seu irmão Joaquín na guitarra e Marcelo Duclos, seu biógrafo, no baixo, o chefe de Estado subiu ao palco do Luna Park, casa de shows com capacidade para 12 mil pessoas na região de Puerto Madero, para cantar a música “Panic Show”, do grupo argentino La Renga, que fez parte de sua campanha presidencial em 2023.

Milei também cantou versos da música “Toda la casta es de mi apetito” (Toda a casta é meu apetite), uma de suas favoritas.

“Queria fazer isso porque queria cantar”, disse Milei.

Durante a apresentação, que durou apenas alguns minutos, os seguidores de Milei entoaram cantos e pediram a prisão da ex-presidente Cristina Kirchner.

“Eu os acompanharia com as músicas, mas vão me acusar de violar a independência dos poderes e já tenho muita confusão”, disse Milei ao piscar para o público e rir, segundo o jornal argentino Clarín.

Milei também ironizou quando o público insultou o primeiro-ministro espanhol Pedro Sanchez.

“A chanceler (Diana) Mondino vai me pedir horas extras”, afirmou.

O chanceler espanhol, José Manuel Albares, determinou na terça, 21, que sua embaixadora na Argentina não retorne ao país após Milei chamar Begoña Gómez, esposa de Pedro Sanchez, de “corrupta”.

Sobre o livro, Javier Milei dedicou mais de 60 minutos para destrinchar a obra, que inclui uma seção de discursos políticos e uma série de debates sobre teoria econômica.

O show em Luna Park terminou com Milei, Manuel Adorni, seu porta-voz, e o deputado José Luis Espert abraçados no palco, comemorando e cumprimentando o público ao som de “It comes”, uma música de protesto composta em 1997 contra Carlos Menem.

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