Agência BrasilJosé Roberto Arruda: possível beneficiário do julgamento do STF sobre a nova Lei de Improbidade

Mensalão do DEM completa 10 anos com todos os réus livres

30.11.19 18:00

Dez anos após ser desencadeada, a Operação Caixa de Pandora, que revelou o maior esquema de corrupção da história de Brasília, não levou à prisão nenhum dos réus. Ela causou a implosão do governo de José Roberto Arruda (foto), então maior expoente do DEM, mas não resultou em cumprimento de penas. Os acusados, mesmos aqueles que foram condenados, estão se safando graças aos intermináveis recursos. Alguns têm levado à prescrição.

Testemunhas contaram a promotores de Justiça que integrantes do primeiro escalão do governo de Brasília cobravam propina de empresários interessados em manter negócios com a administração local. O dinheiro sujo também pagava mesada aos deputados distritais. Com isso, o escândalo ficou conhecido como mensalão do DEM.

A Caixa de Pandora ganhou fama com os vídeos gravados pelo delator do esquema, Durval Barbosa. Nas imagens, Durval aparecia entregando dinheiro de propina a políticos de diversos partidos, incluindo Arruda. A partir daí, as provas colhidas pelo Ministério Público do DF incriminaram 45 pessoas.

Na lista dos réus, além de Arruda, está o seu vice, o empresário Paulo Octávio. Ao completar 70 anos em fevereiro deste ano, Octávio pode se livrar de ao menos um dos crimes que lhe são imputados: formação de quadrilha.

Há uma semana, o nome de Paulo Octávio veio à tona novamente por ele ter cedido um dos seus hotéis de luxo na capital para o evento de criação do Aliança pelo Brasil, novo partido do presidente Jair Bolsonaro. O presidente citou o empresário em agradecimento no seu discurso.

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