Maduro declara vitória em eleições com 31% de participação
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou que, com 82% dos votos apurados, a coligação do ditador Nicolás Maduro foi a vencedora da eleição deste domingo, 6, com 67% dos votos. Segundo o órgão, que é totalmente controlado pelo governo, o comparecimento foi de 31%. “Obtivemos uma tremenda vitória eleitoral. Tudo o que ganhamos...
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou que, com 82% dos votos apurados, a coligação do ditador Nicolás Maduro foi a vencedora da eleição deste domingo, 6, com 67% dos votos. Segundo o órgão, que é totalmente controlado pelo governo, o comparecimento foi de 31%.
“Obtivemos uma tremenda vitória eleitoral. Tudo o que ganhamos até hoje, ganhamos com votos, pois somos democratas”, disse Maduro em um discurso após a votação.
Antes das eleições, o CNE foi totalmente substituído por juízes ligados a Maduro. Os principais partidos de oposição foram barrados ou tiveram suas diretorias substituídas. Candidatos chavistas foram os únicos que contaram com recursos para fazer campanha. Como a fraude era evidente, os partidos opositores se negaram a participar do pleito.
O ministro de Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, comentou nas redes sociais a eleição na noite deste domingo. "O regime de Maduro promoveu hoje eleições parlamentares na Venezuela para tentar legitimar-se. Só se legitimará aos olhos daqueles que apreciam ou toleram a ditadura e o crime organizado, o grande complexo criminoso-político do Foro de São Paulo ou o Socialismo do Século XXI", escreveu Araújo. "O povo venezuelano rejeitou a farsa eleitoral. Com baixíssima participação, mostrou que as eleições legislativas não representam sua vontade."
Os novos deputados tomarão posse em janeiro, substituindo a atual Assembleia, de maioria opositora. O atual líder da Assembleia, Juan Guaidó, foi proclamado presidente interino no início do ano passado. Com a mudança de legislatura, a oposição perderá seu último bastião democrático.
O Itamaraty divulgou nesta segunda, 7, uma nota assinada por "membros do Grupo de Lima" em que pede que a eleição seja rejeitada pelos demais países e que novas eleições sejam realizadas. "Exortamos os atores de toda a Venezuela, de todas as tendências ideológicas e filiações partidárias, a colocarem os interesses do país acima de tudo e a se comprometerem urgentemente com um processo de transição, definido e impulsionado pelos venezuelanos, de modo a encontrar uma solução pacífica e constitucional que leve o país a eleições presidenciais e parlamentares livres, justas e críveis o mais rapidamente possível", diz a nota. A Argentina não está entre os signatários.
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Comentários (6)
ncc
2020-12-07 23:05:08Oras, então de acordo com o ministro Ernesto Araújo, o governo Maduro está legitimado aos olhos do clã Bolsonaro e de seus asceclas.
MARCOS
2020-12-07 18:37:33rouba os votos e só tem 67% deles. Ditadorzinho incompetente.
Edgar
2020-12-07 16:55:41Não nos esqueçamos q até poucos dias por aqui líamos fachas com dizeres mais ou menos assim: "Ditadura já com Bolsonaro no Poder". Certamente devem estar com inveja do Nicolás Maduro. Ainda bem que nossa democracia conseguiu, até aqui, resistir a essas hordas.
Paulo
2020-12-07 14:08:54Uma piada de mau gosto
ÉLIDE
2020-12-07 14:02:53A quem pensa que engana? O pior desses caudilhos é não se reconhecerem como tal.
Ary
2020-12-07 12:20:03Tinha gente no Brasil elogiando essa política de republiqueta das mangas. Vis lá PT, vamos animar essa porra! Onde estão os textos de incentivos!? Onde estão vos Lulalá? Se esconderam? Segue o baile!