Maduro assina decreto de "emergência econômica"
Regime concentrará ainda mais poder sobre a economia do país, após política tarifária de Trump

O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, assinou nesta terça-feira, 8, um decreto de emergência econômica após o governo Trump anunciar a aplicação da política de tarifas adicionais generalizadas.
Na prática, o regime chavista concentrará ainda mais poder para ditar a agenda econômica do país, sob o pretexto de "garantir o desenvolvimento e o crescimento da Venezuela".
"Estou procedendo hoje, 8 de abril, à assinatura do decreto de emergência econômica que me autoriza por dois meses a agir, atuar e implementar diversas formas de políticas públicas para defender a economia nacional, protegê-la e promovê-la", afirmou Maduro.
Segundo o ditador, a administração deve "proteger a população e os setores produtivos" das "políticas tarifárias do governo dos Estados Unidos".
O governo Trump estabeleceu a cobrança adicional de 15% sobre produtos nacionais venezuelanos.
"Dadas as circunstâncias internacionais e o impacto da guerra comercial e econômica contra o mundo e contra a Venezuela, contra todo o nosso continente, apelo aos poderes constitucionais que me foram concedidos pelo decreto de emergência econômica para proteger integralmente todos os setores produtivos", declarou.
O decreto terá duração de 60 dias, com possibilidade de extensão por mais dois meses.
Mais poder
Por meio da assinatura do decreto, o regime poderá extinguir regulamentações excepcionais e suspender a cobrança de impostos em níveis nacional, estaduais e municipais.
Além disso, Maduro concede autorização ao próprio governo para concentrar no tesouro nacional a arrecadação de "contribuições especiais".
A decisão restringe ainda mais o mercado de importações da Venezuela, que, segundo o ditador, adotará "todas as medidas necessárias para estimular o investimento nacional".
Reação
O presidente eleito do país, Edmundo González Urrutia, disse que Maduro pretende "enganar" os venezuelanos.
Em publicação no X, González afirmou "que os venezuelanos não podem ser enganados depois de 25 anos de má gestão".
Em 2016, Maduro declarou o mesmo "estado de emergência econômica" em todo o país sob o argumento de proteger o povo de uma suposta guerra econômica da oposição.
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Comentários (1)
Marcia Elizabeth Brunetti
2025-04-09 16:41:57Pobre povo venezuelano. Qualquer hora não tem mais população no País. Os que não fugiram morrerão de fome e doenças... OU aparece um santo que carregue o Maduro para apodrecer embaixo da terra.