Lobista da Precisa entrega atestado para faltar a depoimento na CPI
Investigado como lobista da Precisa Medicamentos, Marconny Albernaz de Faria entregou à CPI da Covid um atestado médico como justificativa para faltar ao depoimento agendado para esta quinta-feira, 2. O advogado alegou estar sob cuidados no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, com dor pélvica. Marconny Albernaz de Faria entrou na mira da comissão após os senadores receberem...
Investigado como lobista da Precisa Medicamentos, Marconny Albernaz de Faria entregou à CPI da Covid um atestado médico como justificativa para faltar ao depoimento agendado para esta quinta-feira, 2. O advogado alegou estar sob cuidados no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, com dor pélvica.
Marconny Albernaz de Faria entrou na mira da comissão após os senadores receberem um acervo do Ministério Público Federal do Pará sobre a Operação Hospedeiro, deflagrada em outubro do ano passado para investigar um grupo responsável pelo desvio de recursos públicos do Instituto Evandro Chagas.
Apreendido pelos investigadores, o celular de Marconny Albernaz tinha mensagens trocadas com o empresário e ex-secretário da Anvisa, José Ricardo Santana, que teria agido como um "consultor informal" do Ministério da Saúde durante a pandemia e atuado para favorecer a Precisa.
Os dados do aparelho ainda indicaram que foi Karina Kufa, advogada de Jair Bolsonaro, quem apresentou os dois. Devido às mensagens, a CPI aprovou ontem a convocação da causídica.
O comunicado do lobista irritou os parlamentares, que têm lidado com a apresentação em série de atestados médicos por nomes ligados ao caso Covaxin para se esquivar das investigações. "Parece que os depoentes desta CPI resolveram transformar o Sírio-Libanês em álibi para não comparecer", reclamou o vice-presidente do colegiado, Randolfe Rodrigues.
O senador determinou que a Secretaria da comissão entre em contato com a instituição hospitalar para pedir informações sobre o estado de saúde de Marconny e questionar a partir de quando ele poderá prestar depoimento.
Mais cedo, o advogado Marcos Tolentino, que deveria prestar depoimento nesta quarta-feira, 1º, avisou que não poderia comparecer à oitiva porque está internado no Sírio-Libanês, em São Paulo.
Amigo do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, ele é suspeito de envolvimento em tratativas para a compra de vacinas. Segundo senadores da comissão parlamentar de inquérito, Tolentino é sócio oculto da FIB Bank, que forneceu à Precisa Medicamentos uma garantia irregular para fechar negócio com o governo.
"Quem tem atestados médicos são especificamente os envolvidos no caso Covaxin, Precisa, FIB Bank. De repente, comprova aquela triangulação de que todos realmente se conheciam. Talvez não se encontrem numa mesa de bar, mas vão se encontrar na ala de algum hospital", disparou a senadora Simone Tebet.
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Comentários (2)
PAULO
2021-09-01 18:22:12Os bolsonaristas insistem, apesar dos fatos mostrarem o contrário, que a CPI não tem importância. A CPI ACENDEU A LUZ DO OBSCURO GOVERNO BOLSONARO, E O QUE SE VIU, FORAM AS BARATAS CORRUPTAS CORRENDO PARA TODOS OS LADOS. Se for listar os nomes dos que pediram arrego no STF, tal qual o cretino Wizard, mais os que pedem atestado, um caderno seria insuficiente. Continue firme senadores da CPI, o NOSSO BRASIL agradece o trabalho de vocês. Moro 2022. Com Moro Podemos Mais 🇧🇷
Maria
2021-09-01 18:04:04São todos uns filhos da puta. Deveriam morrer no Sírio e Libanês. 🤮🤮🤮🤮🤮🤮