Foto: Gabinete do senador Mitch McConnell via Wikimedia CommonsMitch McConnell, então com 80 anos, junto ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, de 44

Líder republicano no Senado quer EUA mais engajado na Ucrânia

05.11.23 17:58

Enquanto o governo americano e seu disfuncional Congresso tentam acertar os ponteiros para enviar apoio financeiro e militar a Israel na guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, o líder republicano no Senado, Mitch McConnell (foto), passou a defender que Washington não se esqueça de honrar compromissos mais antigos.

Isso significa apoiar e armar a Ucrânia, que chega em novembro chega a 21 meses sob ocupação russa em seu território.

“Esse é um momento de ação rápida e decisiva para prevenir mais perdas de vida, e para impor consequências reais aos tiranos que tem aterrorizado as pessoas da Ucrânia e de Israel. E neste momento o Senado tem a chance de produzir assistência justamente para isso”, disse McConnell durante coletiva no Senado.

“Pense em um Eixo do Mal: China, Rússia e Irã”, ele continuou. “Então não é apenas um teste para a Ucrânia. È um teste para os Estados Unidos e o mundo livre. E o caminho para uma maior segurança de todos nós é simples: ajude a Ucrânia na guerra.”

Sua fala, no entanto, parece colocá-lo como um solitário dentro do parlamento e mesmo do seu partido – de quem foi o líder inconteste durante os anos Trump. O acerto do Partido Republicano em colocar o congressista Mike Johnson, de Louisiana, na presidência da Câmara, deve destravar pacotes econômicos – mas Johnson indicou que apenas um pacote de ajuda para Israel deve ser aprovado.

McConnell disse acreditar que escolher entre um e outro, em termos de prioridades, é uma “falsa escolha” e ele explica o porquê. “Se a Rússia prevalecer, não há dúvida que o apetite de império de Putin vai se estender para dentro da OTAN, aumentado o risco para a aliança transatlântica e o risco de guerra a nós.”

Analistas ouvidos pela Crusoé no início de outubro apontam que os EUA podem, de fato, manter o apoio a duas frentes de guerra simultaneamente, e que Israel sai na frente pela aliança estratégica entre os dois países, que coloca Tel Aviv como o principal parceiro de Washington na região. Agora, é a vez de Volodymyr Zelensky angariar apoio no congresso americano para tal.

Leia na Crusoé: Mais um enrosco para a Casa Branca

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