Lavagem de dinheiro de Wassef envolveu empresas da ex-mulher
Um dos alvos da operação deflagrada nesta quarta-feira, 9, pela Lava Jato do Rio, o advogado Frederick Wassef (foto) se beneficiou de um esquema de lavagem de dinheiro que envolveu empresas da ex-mulher dele, a empresária Cristina Boner, segundo os procuradores do Ministério Público Federal. No pedido de busca e apreensão contra o agora ex-advogado do...
Um dos alvos da operação deflagrada nesta quarta-feira, 9, pela Lava Jato do Rio, o advogado Frederick Wassef (foto) se beneficiou de um esquema de lavagem de dinheiro que envolveu empresas da ex-mulher dele, a empresária Cristina Boner, segundo os procuradores do Ministério Público Federal.
No pedido de busca e apreensão contra o agora ex-advogado do presidente Jair Bolsonaro e do senador Flávio Bolsonaro, o MPF detalhou as transações financeiras suspeitas de Wassef no período em que ele foi subcontratado para atuar na Fecomércio-RJ pelo ex-presidente da entidade e delator Orlando Diniz.
Entre as movimentações apontadas pela Lava Jato estão os pagamentos de 2,6 milhões de reais feitos pelo escritório da advogada Luíza Eluf, revelados no mês passado por Crusoé. Em sua delação, Diniz afirma que a contratação foi feita para investigar supostos vazamentos de informações dentro da Fecomércio.
Os dados mostram que Eluf recebeu 4,4 milhões de reais da Fecomércio e repassou seis cheques ao escritório de Wassef entre dezembro de 2016 e maio de 2017, no valor total de 2,6 milhões. A contratação do advogado que defendeu dois anos depois os Bolsonaro não foi feita diretamente pela Fecomércio por causa dos problemas judiciais envolvendo a então mulher dele, Cristina Boner, que chegou a ser denunciado no mensalão do DEM em Brasília.
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Segundo o MPF, dados obtidos pelo Conselho de Controle de Atividade Financeira, o Coaf, mostram que Wassef recebeu mais de 4 milhões de reais de empresas ligadas a Cristina e a filhas dela, entre janeiro de 2015 e abril de 2017. No documento, os procuradores chamam a atenção para outras transações envolvendo depósitos e saques em espécie, em padrão típico de quem busca ocultar a origem do dinheiro.
No dia 27 de novembro de 2017, por exemplo, uma das filhas de Cristina realiza cinco saques em espécie de 49 mil reais cada. Uma semana depois, no dia 4 de dezembro daquele ano, Wassef faz dois depósitos em sua conta, de 49,9 mil reais cada, com indícios de fracionamento.
No ano passado, O Coaf detectou uma nova operação atípica envolvendo Wassef e a família da ex-mulher. Foram quatro transações no valor total de 437,3 mil reais entre uma das filhas de Cristina e o então advogado da família Bolsonaro, entre março e setembro de 2019.
O dinheiro, segundo o MPF, tinha como origem a empresa Peach Tree Empreendimentos Imobiliários, que é citada pelo Coaf em uma outra transação suspeita, em 2018, no valor de 300 mil dólares, com uma offshore sediada no Panamá, conhecido paraíso fiscal na América Central.
Para a Lava Jato do Rio, há "fortes elementos de prática de atos de lavagem de dinheiro por Frederick Wassef", que teria recebido recursos desviados do Sesc e do Senac do Rio, via Fecomércio, por meio de contrato dissimulado com o escritório de Luíza Eluf.
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Comentários (4)
Aguia
2020-09-09 20:26:23Chafurdam na corrupção como porcos
Odete6
2020-09-09 12:58:27Puxa vida.... roubou tanto e nem se lembrou de fazer uma mega cirurgia plástica de 100 horas nesse nariz tenebroso, monstruoso e mastodôntico, de assustar criancinhas e adultos!!!! Ah, claro, é compreensível.... ele precisa dele pra se meter em tudo, principalmente se o """tudo""" for toda espécie de crimes!!!!
NESTOR
2020-09-09 12:30:40essa família Bolsonaro tem amizades estranhas!! rsss Só gente enrolada!!
Maria
2020-09-09 11:34:02A ficha suja da mulher de wassef foi totalmente branqueada por Bolsonaro?