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    Latitude#62: Equador, duas semanas após o caos

    O episódio do podcast Latitude deste sábado, 27 de janeiro, aborda a situação da crise de segurança pública no Equador, em duas semanas de estado de exceção, após a fuga de um traficante e a invasão a um estúdio de televisão. Para o cientista político equatoriano César Ulloa, do Instituto de Altos Estudos Nacionais (IAEN),...

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    Caio Mattos, De Buenos Aires
    3 minutos de leitura 27.01.2024 10:00 comentários 0
    Arte: O Antagonista/ Crusoé
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    O episódio do podcast Latitude deste sábado, 27 de janeiro, aborda a situação da crise de segurança pública no Equador, em duas semanas de estado de exceção, após a fuga de um traficante e a invasão a um estúdio de televisão.

    Para o cientista político equatoriano César Ulloa, do Instituto de Altos Estudos Nacionais (IAEN), em Quito, uma questão permanece prioritária.

    “Como pode o conflito armado interno ser sustentado ao longo do tempo?”, diz Ulloa ao Latitude.

    No cargo apenas desde final de novembro, o presidente equatoriano, Daniel Noboa, ainda tem o apoio da população, da classe política e do empresariado.

    “O equatoriano comum então acredita nas suas forças armadas e eu diria que este componente é diferente”, acrescenta.

    Apesar do apoio pelo momento, o governo equatoriano ainda não encontrou meios para financiar o estado de conflito armado interno a longo prazo.

    “Não sabemos quanto tempo durará e não sabemos quantos recursos serão necessários”, afirma Ulloa.

    Decretado em 8 de janeiro, na esteira da fuga do maior traficante do Equador e um dia antes da invasão ao estúdio de televisão pública de Guayaquil, o estado de exceção está originalmente previsto por 60 dias.

    O estado de exceção, assim como o conflito armado interno, que é concomitante, podem ser prorrogados.

    Apesar de cenas como a invasão ao estúdio de televisão não terem sido mais reportadas, a violência persiste no Equador.

    Um dos principais procuradores responsáveis por investigar o crime organizado no Equador foi assassinado na quarta da semana passada, 17 de janeiro.

    No Latitude deste sábado, Ulloa também comenta os fatores estruturais que levaram o país a ser epicentro da rota do narcotráfico: “Fragilidade institucional, cidadania universal, o fenômeno da desmobilização das FARC e a questão da economia”.

    O cientista político equatoriano também analisa as relações Equador-Brasil, assim como as comparações entre a política de segurança pública de Noboa e a do presidente de El Salvador, Nayib Bukele, que busca a reeleição em fevereiro.

     

    O Latitude é um podcast semanal sobre os principais fatos da política internacional e da diplomacia brasileira que vai ao ar todos os sábados, às 18h.

    O conteúdo integral do programa é exclusivo para assinantes de Crusoé/O Antagonista, que poderão assisti-lo no YouTube ou ouvi-lo nas plataformas de áudio.

    LATITUDE, UM PODCAST PARA SITUAR VOCÊ NO MUNDO

    Para assinar Crusoé/O Antagonista, clique aqui:

    https://assine.oantagonista.com.br/

    Assista ao Latitude completo abaixo:

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