'Kit Covid' da Bolívia evitou uso de dióxido de cloro e hidroxicloroquina
Em outubro, a presidente da Assembleia Plurinacional da Bolívia, Eva Copa (foto), promulgou a Lei do Dióxido de Cloro, com apoio dos parlamentares do Movimento ao Socialismo, o MAS, partido de Evo Morales. A lei regulava o uso do dióxido de cloro para a prevenção e o tratamento da Covid. O dióxido de cloro é...
Em outubro, a presidente da Assembleia Plurinacional da Bolívia, Eva Copa (foto), promulgou a Lei do Dióxido de Cloro, com apoio dos parlamentares do Movimento ao Socialismo, o MAS, partido de Evo Morales. A lei regulava o uso do dióxido de cloro para a prevenção e o tratamento da Covid.
O dióxido de cloro é um gás tóxico e altamente inflamável que chegou a causar mortes em vários países. Na Argentina, um menino de 5 anos morreu depois que seus pais lhe deram a substância como medida preventiva.
A substância, felizmente, não chegou a causar muitas mortes na Bolívia. "A lei foi um ato totalmente irresponsável do nosso Parlamento, mas felizmente tivemos poucos casos de intoxicação", diz o médico Guillermo Cuentas, que foi ministro de Saúde da Bolívia diversas vezes até 2001. "A população boliviana, orientada pelos médicos, não usou o dióxido de cloro como panaceia."
O que contribuiu para isso foi a oferta, realizada por muitas prefeituras e governos provinciais, de um "kit Covid" para os que apresentavam sintomas. Com a medida, pacotes com anti-inflamatórios, analgésicos, corticoides e outros medicamentos paliativos foram distribuídos gratuitamente para a população sob supervisão médica. Não era necessário testar positivo para o coronavírus. "Em alguns casos, prefeituras começaram a competir entre si para ver quem dava o kit mais completo", diz Cuentas.
Os bolivianos também não recorreram à hidroxicloroquina, medicamento preferido dos fiéis bolsonaristas. "Temos muita experiência com a hidroxicloroquina, porque temos muitos casos de malária nas zonas fronteiriças com o Brasil. Os médicos fizeram pequenos ensaios, mas ao ver que o remédio não dava resultados, seu uso não foi estimulado", diz o médico boliviano.
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Comentários (9)
Charles
2020-12-14 19:34:48O gás cloro precisa ser ministrado com seu par perfeito (cloroquina) para o Bolsonaro e família e ministros.
Grilo Falante
2020-12-14 11:24:35Usar o Dióxido de Cloro !!!!????? Acredito que nem o nosso insigne Sinistro da Saúde recomendaria tal loucura!!!!!
Ary
2020-12-14 11:21:19Que barriga! Segue o baile!
marcos
2020-12-14 09:21:20Más que reportagem incrível.!!!! nem sim nem não, muito pelo contrário. foi muito esclarecedora.
FRANCISCO
2020-12-14 05:48:39Não entendi o enredo da reportagem, "A Bolívia evita o uso do dióxido de cloro e a cloroquina", e daí, o que tinha no kit? Deu resultado? A Bolívia está passando incólume a esse segunda onda? O vírus da malária é brasileiro? ClO2 é inflamável? Muito raso.
Eduardo
2020-12-13 14:56:46Esquerda e direita são dois polos apaixonados entre si ( amor e ódio= paixão) e de sentimentos igualitários de desdém ao ser humano e de sede de poder.
José
2020-12-13 14:02:46Véi ensaio na Bolívia kkkk
Geraldo
2020-12-13 13:32:19O texto me parece falacioso e irresponsável, tal qual a recomendação do dióxido de cloro, que nem sei se ocorreu mesmo.
Velhinha de Taubaté
2020-12-13 12:25:05Era só o que nos faltava: a Bolívia dando aulas ao Brasil de como lidar com a Covid. Tiveram o bom senso de não incluir a hidroxicloroquina, no "kit Covid" pois não iam tratar de malária, mas sim de uma virose para o qual o remédio não tem qualquer efeito. Também, lá o Ministro da Saúde é um médico e não um general intendente, que de saúde nada entende; e eles não tem presidente viciado em cloroquina.