Justiça determina intervenção do MEC na Universidade Brasil
A 1ª Vara Federal de Sales (SP) reiterou determinação para intervenção do Ministério da Educação na gestão da Universidade Brasil. Conforme a decisão, a pasta deve escolher novos administradores para a instituição de ensino no prazo de cinco dias. O juiz Bruno Valentim Barbosa concedeu a liminar no âmbito de uma ação civil pública ligada...
A 1ª Vara Federal de Sales (SP) reiterou determinação para intervenção do Ministério da Educação na gestão da Universidade Brasil. Conforme a decisão, a pasta deve escolher novos administradores para a instituição de ensino no prazo de cinco dias. O juiz Bruno Valentim Barbosa concedeu a liminar no âmbito de uma ação civil pública ligada à Operação Vagatomia, que investigou venda de vagas no curso de Medicina e fraudes no Fies e no ProUni.
A ordem de intervenção na administração já havia sido proferida em setembro de 2019. Porém, o MEC não a cumpriu. Por isso, a Justiça Federal aceitou o novo pedido do Ministério Público Federal, determinando, inclusive, a intimação pessoal do ministro da Educação, Abraham Weintraub.
À época da deflagração da Operação, o então reitor da universidade, José Fernando Pinto da Costa, e seu filho, Sthefano Bruno Pinto da Costa, foram afastados graças a uma decisão judicial. O comando da unidade passou, então, para Adib Abdouni, nomeado pela esposa do anterior reitor.
Segundo as investigações, Adib fez uso indevido da função para atender a interesses particulares de pessoas já denunciadas. Ele é investigado pela suspeita de ameaças a uma colaboradora e uma testemunha do processo e de tentativa de obstrução das apurações da Vagatomia.
“'Embora tenha havido decisão judicial de afastamento do antigo reitor de suas funções, entendeu-se que não seria o caso de interferir diretamente na nova administração. O resultado? A mantenedora da Universidade Brasil continua com uma gestão que está a apresentar sérios problemas, e cujo titular está sendo acusado pela Polícia Federal e MPF de práticas ilícitas do ponto de vista criminal, havendo inclusive pedido fundamentado de prisão em seu desfavor”, destacou o juiz.
Em caso de descumprimento da ordem de intervenção, será cobrada multa diária de 50 mil reais. Enquanto o MEC não escolher os novos administradores, a universidade está autorizada a nomear outro reitor para que não haja interrupção dos serviços da instituição.
No mérito da ação, o MPF pede que a Justiça condene a União "a realizar o completo descredenciamento da Universidade Brasil, com a cessação imediata da admissão de novos estudantes para quaisquer de seus cursos, em quaisquer de suas unidades", ou, subsidiariamente, que o governo federal desative o curso de medicina da instituição.
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Comentários (5)
Jose
2020-02-14 21:10:56Este é um exemplo típico do clepto-capitalismo brasileiro. O interessante é saber porque o MEC não fez o que precisava ser feito? Será que o ministro estava escondendo algo?
Miguel
2020-02-14 17:59:32Com o patrono da educação que o Brasil tem está tudo explicado.
Maria
2020-02-14 15:46:52estás fralcatuas nos governos petistas que enriqueceram donos de estabelecimentos de ensino.explicam as sabotagens ao ministro da educação
Tania
2020-02-14 15:23:21Crusoé qual cidade chamada Sales no est. de SP vcs estão falando, Sales no interior de SP nem Forum tem.
Cap. Kirk
2020-02-14 15:16:11No país do lulopetismo cleptocrata, a instituição de ensino que não era formadora de zumbis apoiadores, era mera fachada de quadrilhas de trambiqueiros assaltantes. Ou ambos. Raras exceções. Não é à toa que a "resistência" ao Governo, ao Ministro da Educação é a mais virulenta de todas, nessa área, que não é a galinha, mas a avestruz dos ovos de ouro.