Israel ataca principais instalações nucleares do Irã
Bombas anti-bunker (ou Garganta Profunda), capazes penetrar no solo antes de serem detonadas, estão sendo usadas em Natanz, Fordo e Isfahan

Caças da Força Aérea Israelense bombardearam várias instalações nucleares iranianas nesta sexta, 13.
A mídia local noticiou explosões ao norte e ao sul de Teerã e em Fordo.
A instalação de Fordo é a mais bem protegida de todas, pois fica a uma profundidade de 800 metros, sob as montanhas nas proximidades da cidade sagrada de Qom.
A existência de Fordo só se tornou pública em 2009.
É lá onde o urânio é enriquecido aos graus mais altos, de 60%.
Edifícios em Isfahan também foram atingidos.
"Neste momento, caças da Força Aérea concluíram um ataque à instalação nuclear do regime iraniano na região de Isfahan, sob orientação precisa da Divisão de Inteligência. A instalação está passando por um processo de 'reconversão' de urânio enriquecido. Esta é a próxima etapa após o enriquecimento de urânio no processo de produção de armas nucleares", divulgou a Força Aérea Israelense nesta sexta, 13.
"O ataque destruiu uma estrutura para produção de urânio metálico, infraestrutura para conversão de urânio enriquecido, laboratórios e outras infraestruturas."
Bomba anti-bunker
Na primeira noite de ataques, apenas a instalação nuclear de Natanz foi atingida por bombas de penetração (anti-bunker).
A mais usada por Israel é a GBU-28, também conhecida como Garganta Profunda.
Desenvolvida pelos americanos, a GBU-28 é guiada por laser e tem uma ogiva capaz de penetrar no solo antes de ser detonada.
Como são pesadas, elas devem ser levadas por um único caça, o F15, o qual também deve ser bem protegido em seu trajeto.
Os ataques de quinta e sexta são a primeira vez que esse tipo de bomba é usado nas instalações nucleares do Irã.
Natanz
A instalação nuclear de Natanz, localizada a 30 a 40 metros abaixo da superfície é protegida por uma estrutura de concreto com espessura de aproximadamente sete metros, destinada à enriquecimento de urânio.
Mas o complexo de Natanz não é totalmente subterrâneo, o que o deixa vulnerável a ataques aéreos.
Natanz já havia sido alvo de ações israelense anteriores, incluindo diversas tentativas de sabotagem nos anos 2000.
Há quinze anos, os israelenses conseguiram infectar as máquinas de Natanz com o vírus de computador Stuxnet.
O código estranho acelerou a velocidade das centrífugas de urânio, causando rachaduras e quebrando equipamentos.
Uma em cada cinco máquinas de Natanz foi inutilizada.
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