Isentões repudiam Lula
Petista que venceu por menos de 2 pontos percentuais em 2022 não tem mais como contar com pessoas sem posicionamento político

Lula foi eleito presidente em 2022 com menos de dois pontos percentuais de vantagem em relação a Jair Bolsonaro.
O petista conseguiu atrair para si os votos dos eleitores sem posicionamento político, que estavam cansados de Bolsonaro e criticavam o descaso governamental durante a pandemia de Covid.
Para vencer o pleito, Lula prometeu uma campanha baseada no "amor", em oposição aos ataques agressivos de Bolsonaro.
O petista também falava em fazer um governo de "frente ampla", com vários partidos. Nessa linha, como vice-presidente na chapa, escolheu Geraldo Alckmin, um ex-tucano que tinha aderido ao PSB.
Mas esse público de isentões, que fica no centro do espectro político, já abandonaram o presidente.
Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta, 4, mostra que, entre as pessoas sem posicionamento político — nem à direita, nem à esquerda, nem bolsonarista, nem lulista — a desaprovação do governo Lula é de 61%.
Nesse segmento, apenas 33% aprovam o atual governo.
Em dezembro de 2024, o cenário era inverso: 49% dos isentões aprovavam o governo e 47% desaprovavam.
Direção errada
Se as próximas eleições presidenciais acontecessem agora, esses isentões estariam pouco inclinados a votar em Lula.
Outros dados da pesquisa Genial/Quaest são igualmente desalentadores para o Palácio do Planalto.
Para 61% dos entrevistados, o país está indo na direção errada. Apenas 32% acreditam que o Brasil vai na direção certa.
Esse é um dado importante, que normalmente indica uma preferência dos eleitores em mudar o governante e optar pela oposição.
Campanha para 2026
Lula já começou sua campanha para as eleições do ano que vem mas, além de já ter perdido o apoio dos isentões, ele não tem mais como usar as mesmas técnicas que usou em 2022.
A "frente ampla" não existe mais.
O atual governo não apenas tem petistas nos principais cargos, como enfrenta enorme dificuldade para fazer acordos com o Congresso.
Além disso, o petista não tem mais como se colocar como o grande paladino do amor e da reconciliação, uma vez que sua nêmesis, Jair Bolsonaro, está inelegível e ainda pode ser preso.
Sem os isentões ao seu lado, o sonho de Lula de ficar mais quatro anos no Palácio do Alvorada fica seriamente comprometido.
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Comentários (2)
Joaquim Arino Durán
2025-06-04 15:40:43Essa estratégia de recolocar o Bozo na parada, corre o risco de acontecer...
Andre Luis Dos Santos
2025-06-04 13:07:10No Bananao, a gente tem sempre que tomar muito cuidado, especialmente com certos "seres supremos", que, "pelo bem da democracia", e sob o apelo de "acesso a ampla defesa" (uma "prerrogativa" que certos convescotes defendem, ah, só quando é conveniente pros seus clientes, manja?), podem muito bem reverter a inelegibilidade do Bozo so pra tentar tornar viável a reeleição do Nine. Nunca se sabe. Mas, vamos ter esperança que esse vagabundo e seu partido levem um PE NA BUNDA em 2026 e nunca mais retornem.