Influência de Flávio trava decisões da Receita sobre a Corregedoria
A queda de braço entre o Planalto e a cúpula da Receita em torno do comando da Corregedoria do fisco ganhou um novo capítulo. Na última semana, o secretário especial da Receita, José Barroso Tostes Neto, instituiu e, logo em seguida, dissolveu, grupos de corregedores que auxiliariam nas investigações internas sobre irregularidades cometidas por auditores. O...
A queda de braço entre o Planalto e a cúpula da Receita em torno do comando da Corregedoria do fisco ganhou um novo capítulo. Na última semana, o secretário especial da Receita, José Barroso Tostes Neto, instituiu e, logo em seguida, dissolveu, grupos de corregedores que auxiliariam nas investigações internas sobre irregularidades cometidas por auditores. O episódio vem na esteira de uma tentativa do senador Flávio Bolsonaro de emplacar um apadrinhado na chefia da Corregedoria. A investida do filho 01 do presidente conta com o apoio da Casa Civil, que tem suspendido as indicações vindas do comando do fisco e do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Nesta segunda, 20, o Diário Oficial publicou três portarias de Tostes Neto que dispõem sobre a criação de colegiados com a competência de acompanhar e subsidiar, com pareceres, os processos disciplinares em andamento contra auditores e servidores da Receita. Na prática, o texto apenas tornou oficial uma estrutura que já opera desta forma dentro do fisco, segundo afirmam servidores da Corregedoria. No comando destes três colegiados, Tostes Neto apenas formalizou a indicação de agentes que já atuam nestas funções.
No dia seguinte, o secretário recuou e determinou que as portarias fossem declaradas “insubsistentes” - o que, na prática, significa a revogação dos atos. Fontes na cúpula da Receita Federal afirmaram a Crusoé que o recuo se deu em razão de um pedido do Planalto, atendendo a interesses de Flávio. Segundo membros do fisco, há o temor de que, além de indicar um aliado para chefiar o órgão, o senador queira que o corregedor-chefe tenha o poder de nomear esses grupos de apoio ao órgão - o que compete, hoje, ao secretário da Receita.
Flávio tem atuado pela nomeação de Dagoberto Lemos, auditor aposentado e histórico quadro do sindicato da categoria conhecido por ser um crítico contundente da Corregedoria, e por ter defendido inclusive a criação de um auxílio a auditores demitidos em processos disciplinares, que seria custeado com o dinheiro da contribuição sindical. Por influência do senador, a Casa Civil está há mais de dois meses segurando a nomeação do auditor Guilherme Bibiani, indicado por Paulo Guedes.
O 01 tem um interesse especial na Corregedoria da Receita, porque busca provar na Justiça que auditores vasculharam indevidamente seus dados fiscais. A narrativa é usada pelas advogadas do parlamentar na Justiça para convencer o Judiciário de que houve irregularidades na investigação sobre os desvios de salários de servidores do gabinete de Flávio à época em que ele era deputado estadual. Caso prospere, a tese tem o poder de provocar a anulação das investigações e livrar o senador do fantasma do 'rachid' operado por Fabrício Queiroz.
Questionado por Crusoé sobre o pedido da Casa Civil para recuar na estruturação da Corregedoria, Tostes afirmou, por meio de sua assessoria, que não vai se manifestar. A Casa Civil não se pronunciou.
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Comentários (4)
Odete6
2021-09-25 03:28:36É impressionante como cada um desses 🐥🐥🐥🐥🐥 crápulas patetóides tem seu jeito particularizado de ser meeeeega asqueroooooso!!!!! Esse marginal cínico aí por exemplo, provoca um tipo específico de vômito nas pessoas antes desconhecido no país!!!!!!
MARCOS
2021-09-24 19:16:02A RECEITA CORROMPIDA.
CARLOS
2021-09-24 12:32:19Pois este é o inacreditável dos absurdos envolvendo a perda de tempo à que a administração pública federal é submetida, do ministério da justiça a um conselho de fiscalização, passando por órgãos da saúde... Tudo por causa dos rolos deste Flavio, que tem as rachadinhas do Carluxo e as jogatinas do Eduardo bananinha que não deixam o pai fazermerda sozinho.
Humberto
2021-09-24 07:34:30Esta familicia não trabalha, eles só fazem tramoias para se beneficiar ou ajudar os aliados , incrível como estes honestos e puritanos sao preocupados em nomear amigo no STF, STJ,Receita e outros órgãos da república, tudo igual a petezada!!Ai esquecem colocam os Trairas em Casa , Bombeiro Ricardão, Esposa 02 vagabunda, que além da guampa , roubou dinheiro da Rachadinha!!!! Kkkkkkkk