Impulsionado pelo escândalo Covaxin, 'superpedido' de impeachment é apresentado na Câmara
Com nomes de diferentes espectros políticos, parlamentares, lideranças sociais e entidades protocolaram na Câmara, nesta quarta-feira, 30, um "superpedido" de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (foto). O andamento do processo depende do presidente da casa, Arthur Lira. Entre os 46 signatários, estão políticos como Kim Kataguiri, do DEM; Joice Hasselmann, que está de saída do...
Com nomes de diferentes espectros políticos, parlamentares, lideranças sociais e entidades protocolaram na Câmara, nesta quarta-feira, 30, um "superpedido" de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (foto). O andamento do processo depende do presidente da casa, Arthur Lira.
Entre os 46 signatários, estão políticos como Kim Kataguiri, do DEM; Joice Hasselmann, que está de saída do PSL; e Alessandro Molon, do PSB. Assinam, ainda, os presidentes do PCB, PSB, PT, PSTU, PSOL, PDT, PCdoB, PCO, Rede e Cidadania.
O documento unifica argumentos citados nos 122 pedidos de impeachment de Bolsonaro anteriores e incorpora novos fatos, a exemplo do caso Covaxin. O texto menciona que, de acordo com relatos do deputado Luis Claudio Miranda e do irmão dele e servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, o presidente foi alertado, em 20 de março, sobre indícios de corrupção na compra pelo Ministério da Saúde da vacina desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, representado no Brasil pela Precisa Medicamentos.
No encontro, Bolsonaro teria dito que o esquema era "coisa" do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, e assegurado que acionaria a Polícia Federal, mas não o fez. O parlamentar, por sua vez, foi mantido no posto de liderança no Congresso.
Em entrevista exclusiva a Crusoé, Luis Miranda acrescentou que, em maio, o lobista Silvio Assis o procurou para oferecer propina em troca do fim de empecilhos que travavam a importação da vacina. Segundo o deputado, Assis queria que ele contivesse o irmão, que já havia se negado a assinar notas fiscais do imunizante após identificar irregularidades.
"Tendo em vista os indícios de abstenção de providências do presidente da República, ao ser informado de potenciais delitos administrativos, possivelmente configuradores de práticas criminais comuns, a macular contrato de compra de 20 milhões de doses de vacinas da Covaxin, ao preço de 1,6 bilhão de reais, é imperativo que o processo de impeachment a ser instaurado aprofunde a investigação em torno da prática potencial de crime de responsabilidade catalogado no art. 9º, inciso 3 da Lei nº 1.079/1950, porquanto há indícios da inocorrência do mandatário denunciado em conduta de 'não tornar efetiva a responsabilidade dos seus subordinados, quando manifesta em delitos funcionais ou na prática de atos contrários à Constituição'", diz o documento.
No pedido de impeachment, os signatários afirmam que presidente praticou crimes contra a existência da União; o livre exercício dos poderes Legislativo e Judiciário e dos poderes constitucionais dos estados; o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; a segurança interna; a probidade na administração; a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos; e o cumprimento de decisões judiciárias.
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Comentários (10)
Afranio
2021-07-02 08:32:47Eu não posso acreditar que essa revista, viciada em retóricas, que trabalha dia e noite pra desgastar a imagem do Presidente, continue enganando ou confundindo seus leitores. Com todo respeito, procurem ler outros meios e comparem as publicações dos fatos. Não esqueça quem é o Presidente é o Relator desta CPI e o envolvimento desses com o crime.
VIDAL
2021-07-01 07:00:21É de chamar atenção nesse "superpedido" de impeachment a ausência da tentava de interferência na Polícia Federal denunciada por Sergio Moro, diante de tantas outras acusações ao Presidente. Fica a impressão que o que ser quer não é tanto para o bem do Brasil a saída deste e sim a entrada de uns o e o reingresso de outros. O que nos falta é amor ao Brasil! Que Deus nos ilumine a todos e um abraço fraterno em agnósticos e ateus! Namastê!
Odete6
2021-06-30 23:45:34Foi eleito pelo POVO mas, como é um genocida e estelionatário eleitoral, tornou-se um impostor!!!! A Constituição Federal tem previsão para esses casos absurdos!!!!
Odete6
2021-06-30 23:41:48Já esgotou a paciência BRASILEIRA, exatamente como o luladrão!!!! Fora broncossauro!!!!
JOÃO
2021-06-30 22:17:05Sobre o impeachment de Bolsonaro, tenho a dizer que só a globo e seus puxadinhos, como esta revista, acreditam nisso.
Nilson
2021-06-30 20:34:03O poder não pertence a Bolsonaro, seu tempo se esgotou, o Brasil precisa de um gestor sério e comprometido com o pais e seu povo e não com seus interesses pessoais de poder. Mourão já até 2022.
KEDMA
2021-06-30 19:58:56Se depender do Lira, o capitão reformado pode ficar tranquilo. Será engavetado. #ForaBolsonaro!
PAULO
2021-06-30 19:57:33Estou esperando a Carla Zambelli, a cadelinha do Bolsonaro...Explico. O Bolsonaro tira a máscara, a cadelinha tira também. Não é cachorro ou cadela, que imita o dono? Retornando. Estou esperando a Carla Zambelli se algemar novamente pelo impeachment, agora do Bolsonaro, assim como fez no da Dilma. E já adianto, se ela se algemar em algum poste, eu não vou lá mijar, nem nela, nem no poste.
Carlos Sérgio de Carvalho Fraga
2021-06-30 18:50:26infelizmente elegemos um presidente que disse que iria combater a corrupção mas exaltou acabar com a lava jato, um presidente que tem ele a família com telhado de vidro não tem como combater a corrupção. Frente a pandemia ele é o grande responsável pelo auto número de mortes por covid no Brasil.
Maria
2021-06-30 17:44:39Artur não vai fazer nada não.