Agência Senado

Barroso rejeita pedido de coordenadora do PNI para faltar a acareação na CPI

30.06.21 15:55

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, rejeitou pedido da coordenadora do Plano Nacional de Imunização, Francieli Fantinato (na foto, à esquerda), pelo direito de decidir se iria ou não a uma acareação com a infectologista Luana Araújo na CPI da Covid.

Barroso afirmou que o comparecimento à comissão “não representa mera liberalidade do convocado, mas obrigação imposta a todo cidadão“. “De modo que o pedido de dispensa à convocação não pode ser acolhido, na linha de decisões tomadas por esta Corte, envolvendo a mesma CPI da Pandemia“, completou.

O ministro, porém, permitiu que a coordenadora do PNI silencie quando questionada sobre questões que possam levá-la à autoincriminação. Barroso ainda proibiu a CPI de impor a Francieli medidas restritivas de direito ou privativa de liberdade, como prisão. De acordo com a decisão, ela poderá ser assistida por um advogado e não precisará assinar o termo em que se comprometeria a dizer a verdade.

Em princípio, a acareação ocorreria nesta quinta-feira, 1º. O cronograma da CPI, porém, foi reconfigurado e, amanhã, prestará depoimento o sócio-administrador da Precisa Medicamentos, Francisco Emerson Maximiano. A empresa firmou contrato com o Ministério da Saúde para a venda de 20 milhões de doses da Covaxin — o acerto está suspenso em razão de denúncias sobre indícios de corrupção.

Não há, ainda, nova data para a acareação. A diligência ocorrerá por sugestão de Otto Alencar, do PSD. No requerimento chancelado pela CPI, o parlamentar afirma que Francieli editou nota técnica do Ministério da Saúde para recomendar que gestantes inoculadas com a vacina da AstraZeneca recebessem a segunda dose de qualquer outro imunizante disponível, “sem nenhuma comprovação de segurança ou eficiência“.

Na outra ponta, Luana Araújo, que chegou a ser chamada para assumir a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento a Covid, mas não assumiu a função, teria recomendado a suspensão da nota técnica ao longo dos 10 dias em que trabalhou de forma extraoficial.

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  1. Coisa ridícula e constrangedora essa história de acarracao entre duas profissionais competentes, ademais feita por meia dúzia de bandidos notórios.

    1. Acareação é necessária. Tu sabes como funciona uma acareação? E essa história de "meia dúzia de bandidos notórios" não cola mais. Já foi provado antes mesmo da CPI que Bolsonaro e sua família são bandidos. Além disso, esses mesmos "bandidos notórios" derrubaram Dilma, logo, para Dilma esses bandidos são importantes e para Bolsonaro não?

  2. Quase todos pedem pra ficar calados e os Ministros aceitam, sendo assim, pra que então essa CPI? Os senadores já perguntam sabendo que não terão respostas...

  3. Quem não deve não teme, certo? Por que essa senhora tem tanto medo de esclarecer uma coisa tão simples e de interesse público? Afinal, num país carente de vacinas essa é uma questão de suma importância.

    1. Porque, ou tem o rabo preso em algum ilícito ou recebeu sua parte nas rachadinhas das vacinas .

  4. Como ela pode ficar calada se a pergunta levá-la a auto-incriminação, então vale o dito popular: se ficar calada é por que consente a culpabilidade.

    1. Claro, não tem outra interpretação! Não respondeu é culpada!

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