Reprodução/redes sociais

Impeachment nos EUA: decisão de senador deve inviabilizar convocação de testemunhas

31.01.20 10:05

O processo de impeachment do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no Senado não deverá incluir a convocação de testemunhas. Com isso, a votação final pode acontecer ainda nesta sexta-feira, 31, e deve concluir com a absolvição do presidente.

O senador republicano, Lamar Alexander (na foto, com Trump), anunciou que se colocará contra a convocação de testemunhas em uma votação marcada para a tarde desta sexta, 31. Alexander era um dos quatro senadores que os democratas contavam para aprovar a realização de audiências com figuras importantes da administração de Trump, como o ex-assessor de Segurança Nacional John Bolton.

Para convocar testemunhas, os democratas precisam de 51 votos. Atualmente, eles só contam com 47, sendo 45 de democratas e dois de independentes. Com a negativa de Alexander, mesmo que os democratas consigam convencer três senadores republicanos moderados (Mitt Romney, Susan Collins e Lisa Murkowski), a conta não chegaria a 51.

Um placar provável na votação sobre testemunhas é o de 50 votos a favor e 50 contra. Nesse caso, a última esperança dos democratas é a de que o juiz-chefe da Suprema Corte, John Roberts Jr, que está presidindo o impeachment no Senado, faça um voto de Minerva, decidindo a questão. Essa possibilidade é remota. Um voto de Roberts soaria como uma interferência indevida do Judiciário no Legislativo.

A Constituição americana não afirma que o juiz-chefe da Suprema Corte tem o poder para definir uma votação que terminou em impasse, ainda que isso já tenha acontecido no impeachment de Andrew Johnson, em 1868.

Um relatório do Serviço de Pesquisa do Congresso deu um parecer sobre a questão no último dia 21 de janeiro: “O chefe de Justiça, ao presidir um julgamento de impeachment, não deve votar, mesmo em caso de empate. Se um voto em uma pergunta resultar em empate, a questão será decidida em negativo”. A conclusão, então, seria a de que não se teve a maioria necessária para aprovar a questão.

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
  1. Tem umas pessoas que só fazem comentários bizarros nas notícias da Crusoé, parece até estratégia da própria Revista para gerar debate e aumentar postagens. Rs. Eu queria que o Filho do Vice do Obama fosse intimado a falar sobre o empregão na Ucrânia! Trump está certíssimo em forçar a investigação do Governo ucraniano sobre a corrupção Democrata fora da fronteira americana! E é isso que o povo pensa, apesar de a extrema imprensa esconder, por isso, Trump dará uma surra sem precedentes n reeleição

    1. Quis dizer que a interferência russa restou comprovadamente fake. Corretor automático. Mas mantenho meu pedido.

    2. Eduardo MS Até onde tenho lido, a interferência restou comprovadamente fajem Mas vamos considerar que posso estar mau informado. Indique o link com a notícia e/ou provas da comprovação da interferência russa.

    3. Você está falando da interferência comprovada e atestada por TODOS os órgãos de inteligência dos EUA? Se é dessa que você fala então a resposta é sim. Ela é tão autêntica quanto o impeachment da Câmara.. Já o “julgamento” no Senado, esse sim é uma fraude vergonhosa.

  2. Os republicanos resolveram acobertar os graves crimes do presidente. Por poder, venderam a alma ao diabo. Que por aqui tenha gente aplaudindo, é compreensível, afinal, o Brasil é terra de bandido; mas por lá, onde as pessoas supostamente têm princípios e valores morais mais fortes e costumam respeitar a lei, é um enorme retrocesso. Vamos ver a repercussão dessa vergonha, no final do ano, junto ao eleitor.

    1. Você quer comparar os crimes praticados por Trump com as aventuras sexuais de Clinton. Faça-me o favor!

  3. Já passou da hora de acabar com este impeachment. Agora é hora do povo americano focar nas eleições que certamente será com a vitória de Trump, contra números não há argumentos.

    1. Que números? Déficit de US$ 1 tri, dívida na casa de 100% do PIB, menor crescimento dos últimos 4 anos.

    1. A coisa tá feia mesmo para a extrema imprensa. Quem sonhava com a queda de Trump e com um novo plebiscito do Brexit deve estar dormindo muito mal, tendo pesadelos.

Mais notícias
Assine agora
TOPO