Governo sírio acena a dissidentes do regime de Assad
Líderes do Tahrir al-Sham (HTS) consideram reincluir ex-funcionários do regime de Assad, mas após o cumprimento de pré-requisitos
Na linha do discurso de "união" do país, o governo de transição sírio considera a reinclusão de dissidentes do regime do ditador deposto Bashar Assad.
Para voltar a trabalhar, os ex-integrantes do antigo regime deverão cumprir uma lista de pré-requisitos, entre eles ter desertado no período entre 2011 e 2021.
Segundo o Ministério do Interior, o requerente "não pode ter sido condenado por qualquer crime grave ou hediondo".
Além disso, os solicitantes precisarão apresentar uma série de documentos ao novo governo e participar de cursos.
A burocracia síria ficou fragilizada após os confrontos entre o Tahrir al-Sham (HTS) e as forças do ditador Assad.
Agora, o novo governo tenta reincorporar antigos funcionários para acelerar a recuperação do país.
General preso
As forças de segurança do HTS, grupo que controla a Síria, prenderam o general Mohamed Kanjo Hassan em Tartus nesta quinta, 25.
O militar é é apontado como antigo chefe da justiça militar e membro do alto escalão do regime de Assad.
De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), o general foi "responsável por inúmeras sentenças de morte” na prisão de Sednaya, em Damasco.
Entre os anos de 2011 a 2014, Mohamad Hassan teria assinado sentença de morte a "milhares de pessoas em julgamentos sumários", conforme indicou a Associação de Pessoas Detidas e Desaparecidas da Prisão de Sednaya.
Promessas ao povo
Os líderes do HTS têm prometido melhores condições ao povo sírio desde os primeiros dias da transição.
Em Damasco, o grupo mobilizou o departamento de registros e solicitações para agilizar a reestruturação do país.
O chefe de transição, Mohammed Bashir, garantiu que o novo governo irá triplicar salários públicos, melhorar serviços básicos e restaurar a segurança.
Bashir convocou ainda os refugiados a retornarem à Síria.
Exilados na Turquia, mais de 30 mil sírios voltaram ao seu país nesta sexta, 27.
Leia mais: "Explosões de minas terrestres comprometem segurança na Síria, diz ONG"
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)