Governo avalia entrar com habeas corpus preventivo para Weintraub
O governo federal avalia entrar com um habeas corpus preventivo para evitar uma eventual prisão do ministro da Educação, Abraham Weintraub (foto), caso ele não preste depoimento à Polícia Federal, como determinou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A estratégia foi discutida por Jair Bolsonaro em uma reunião ministerial extraordinária no final...
O governo federal avalia entrar com um habeas corpus preventivo para evitar uma eventual prisão do ministro da Educação, Abraham Weintraub (foto), caso ele não preste depoimento à Polícia Federal, como determinou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
A estratégia foi discutida por Jair Bolsonaro em uma reunião ministerial extraordinária no final da tarde desta quarta-feira, 27, no Palácio do Planalto. Conforme antecipou Crusoé, o presidente convocou o encontro para discutir a reação a recentes decisões do STF que afetaram o Executivo.
Os detalhes do habeas corpus estão sendo discutidos em uma nova reunião no Palácio da Alvorada agora à noite, dessa vez apenas entre Bolsonaro e os ministros da Justiça, André Mendonça, e o da Advocacia-Geral da União, José Levi Mello do Amaral Junior.
Como Crusoé noticiou mais cedo, como reação ao STF, o presidente quer que o titular do Ministério da Educação não preste o depoimento à PF para explicar sua declaração, na reunião ministerial de 22 de abril, defendendo a prisão de ministros do Supremo, a quem ele chama de "vagabundos".
Outra medida discutida foi uma possível renomeação de Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal. A posse do delegado no cargo foi barrada no fim de abril também por decisão de Moraes. Sobre esse ponto, ainda não houve definição, segundo auxiliares presidenciais.
O presidente também avaliou com ministros combater judicialmente o "inquérito do fim do mundo" -- aberto por Moraes para apurar supostas ameaças a ministros do STF e que embasou a operação de busca e apreensão hoje contra apoiadores de Bolsonaro --, mesmo que precise recorrer a cortes internacionais.
Mais cedo, Crusoé também noticiou que Bolsonaro avalia processar o ministro Celso de Mello, decano do Supremo, por abuso de autoridade, por ter divulgado trechos do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril que não tinham a ver com inquérito que apura suposta intervenção do presidente na PF.
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