Governo argentino aponta 'veganos e anarquistas' como suspeitos de carta-bomba
Ministra da Segurança Patricia Bullrich alega que grupos já vinham fazendo protestos agressivos contra agronegócio argentino
A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, apontou "veganos ou anarquistas" como possíveis responsáveis pelo envio de uma carta-bomba à sede da Sociedade Rural Argentina (SRA), entidade de representação do agronegócio.
O artefato, de baixo poder e que não produziu estilhaços, explodiu na última sexta-feira, 6, causando hematomas na secretária da SRA e leve intoxicação por fumaça em outras seis pessoas que estavam no escritório. Veja as imagens:
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Nesta segunda-feira, 9, a Justiça argentina libertou o agente imobiliário Alberto Soria, que foi detido no fim de semana como suspeito de ter endereçado o pacote ao presidente da associação ruralista, Nicolás Pino.
Ficou comprovado que Soria não é a pessoa que aparece em imagens captadas na agência de entregas rápidas onde a bomba foi postada. Ele participava de um treinamento profissional no momento indicado no vídeo.
Com isso, desfez-se a expectativa de que o incidente tivesse uma resolução imediata.
“Continuamos investigando e buscando a pessoa que ficou gravada ao deixar o pacote", disse um investigador ao jornal La Nación. O inquérito está sendo conduzido pela polícia de Buenos Aires.
Na entrevista em que comentou o incidente, Patricia Bullrich disse que a hipótese de um atentado cometido por "setores anarquistas" ou "extremistas veganos" não resultava dos indícios colhidos pela polícia, mas de um "olhar macro sobre o incidente".
“Neste ano, houve ações muito violentas de setores anarquista e extremistas veganos", disse a ministra. "Nas proximidades da própria SRA houve manifestações muito agressivas, com cartazes agressivos e uso de sangue. Assim, com um olhar macro, seguimos essa pista dos grupos anarquistas, que na argentina têm uma tradição de aparecer e desaparecer."
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