Crusoé
13.09.2025 Fazer Login Assinar
Crusoé
Crusoé
Fazer Login
  • Acervo
  • Edição diária
Edição Semanal
Pesquisar
crusoe

X

  • Olá! Fazer login
Pesquisar
  • Acervo
  • Edição diária
  • Edição Semanal
    • Entrevistas
    • O Caminho do Dinheiro
    • Ilha de Cultura
    • Leitura de Jogo
    • Crônica
    • Colunistas
    • Assine já
      • Princípios editoriais
      • Central de ajuda ao assinante
      • Política de privacidade
      • Termos de uso
      • Política de Cookies
      • Código de conduta
      • Política de compliance
      • Baixe o APP Crusoé
    E siga a Crusoé nas redes
    Facebook Twitter Instagram

    Governador da Patagônia dá ultimato e inicia nova crise para Milei

    Escondida na Patagônia, a província de Chubut é a sétima menor da Argentina, com 600.000 habitantes. Apesar das aparências, o governador, Ignacio Torres (foto), lançou um ultimato a Javier Milei e conseguiu atingir o governo nacional. Essa é uma história de petróleo e de corporativismo dos governadores argentinos. Em carta publicada em seu perfil no...

    avatar
    Caio Mattos, De Buenos Aires
    5 minutos de leitura 23.02.2024 21:50 comentários 1
    Governador da província patagônica de Chubut, Argentina, Ignácio "Nacho" Torres. Reprodução/ CNN
    • Whastapp
    • Facebook
    • Twitter
    • COMPARTILHAR

    Escondida na Patagônia, a província de Chubut é a sétima menor da Argentina, com 600.000 habitantes. Apesar das aparências, o governador, Ignacio Torres (foto), lançou um ultimato a Javier Milei e conseguiu atingir o governo nacional.

    Essa é uma história de petróleo e de corporativismo dos governadores argentinos.

    Em carta publicada em seu perfil no X nesta sexta-feira, 23 de fevereiro, Torres acusou o governo nacional de "reter ilegalmente" 13,5 bilhões de pesos de repasses a Chubut referentes ao mês de fevereiro.

    O montante é superior a 33% do montante mensal da província.

    O que ameaçou o governador de Chubut?

     

    A carta divulgada por Torres afirma que "se o Ministério da Economia não entregar a Chubut os seus recursos, então Chubut não entregará o seu petróleo e seu gás".

    A província é a segunda maior produtora de petróleo do país.

    Segundo os dados mais recentes do Ministério da Economia, referentes ao terceiro trimestre de 2023, Chubut respondeu por 21,5% da produção nacional.

    O setor petroquímico é o terceiro mais importante das exportações argentinas.

    Atrás apenas da soja e do setor automotivo, o petroquímico representou 12% das exportações do primeiro semestre de 2023, equivalente a 4 bilhões de dólares.

    Não há uma data limite na carta desta sexta, mas Torres declarou à imprensa que o ultimato é para esta quarta-feira, 28 de fevereiro.

    O que alega a Casa Rosada?

     

    Em comunicado oficial, a Casa Rosada afirmou que a retenção dos repasses se deu no contexto de uma dívida contraída pela gestão anterior de Chubut com o governo de Alberto Fernández.

    Ela se refere ao Fundo Fiduciário para Desenvolvimento Provincial — os fundos fiduciários são análogos às emendas parlamentares, no Brasil; o governo nacional repassa verba a uma entidade para administrá-lo em nome do Estado.

    Milei, que está partindo em viagem aos Estados Unidos para participar de um fórum de políticos conservadores, compartilhou o comunicado oficial e acrescentou: "Desmascarando a mentira dos fiscais degenerados".

    Províncias Unidas do Sul

     

    A carta divulgada por Torres estava assinada em nome das "Províncias Unidas do Sul", em um ato que rememora às guerras civis do século 19 — os embates entre federalistas e unitários naquela época ruminam em divergências sobre o pacto federativo argentino desde então.

    "As províncias são pré-existentes à Nação e merecem respeito", diz a carta de Torres em sua primeira frase.

    O documento desta sexta contava também com as assinaturas dos governadores das outras províncias da Patagônia.

    Trata-se dos governadores Rolando Fiegueroa, de Neuquén; Alberto Weretilneck, de Rio Negro; Claudio Vidal, de Santa Cruz; Gustavo Melella, de Tierra del Fuego; e Sergio Ziliotto, de La Pampa.

    Todos esses governadores representam forças políticas locais, com exceção de Melella e Ziliotto, que são peronistas do Partido Justicialista, controlado pelo kirchnerismo.

    Torres, por sua vez, integra o PRO, partido do ex-presidente Mauricio Macri. Esse é a principal força aliada de Milei no Congresso Nacional.

    Como repercutiu o ultimato para além da Patagônia?

     

    Torres ganhou apoio para além da Patagônia devido ao tradicional corporativismo dos governadores argentinos.

    De fato, governadores abertamente adversários do governo, como o kirchnerista Axel Kicillof, da Província de Buenos Aires, aproveitaram a oportunidade para atacar Milei.

    Entretanto, Torres também conseguiu respaldo dos outros nove governadores da federação partidária Juntos por El Cambio, a qual integra o PRO e parte da oposição dialoguista a Milei.

    Esses governadores publicaram uma nota de apoio conjunta.

    Dentre eles, está o chefe de governo da Cidade Autônoma de Buenos Aires, equivalente ao DF, Jorge Macri, primo do ex-presidente argentino.

    Por que os governadores importam?

     

    Governadores são relevantes na política a nível nacional em qualquer democracia, claro, mas têm influência acima da média no Legislativo argentino.

    No Congresso argentino, há blocos formais de legisladores que respondem diretamente a determinados Executivos provinciais.

    Considerando apenas independentes e oposição dialoguista, há três blocos na Câmara, com 8 a 9 deputados cada, nessas circunstâncias.

    Além disso, há dois deputados que respondem direto ao governador de Santa Cruz, uma das províncias rebeldes da Patagônia.

    No Senado, existe dois blocos de 3 a 4 senadores cada. Torres, sozinho, tem a lealdade de dois desses senadores.

    Cada voto conta visto a fraqueza do governo Milei no Congresso.

    Os libertários tem apenas 37 deputados e 7 senadores, incluindo desafetos como a deputada Carolina Píparo, que contribuiu ao colapso do pacotão de reformas ómnibus na Câmara, no início de fevereiro.

    Mesmo que pudesse contar com todos os votos dos congressistas do PRO, único aliado consistente de Milei no Congresso, a base do governo só chegaria a 79 deputados e 16 senadores.

    Para ter mais da metade dos votos em cada Casa e avançar com suas reformas, o governo precisa de 129 votos na Câmara e 37 no Senado.

    Leia também: 

    Governo Milei retira reforma fiscal do projeto de lei ómnibus

    Diários

    Crusoé nº 384: Bolsonaro condenado

    Redação Crusoé Visualizar

    China ignora soja americana e compra do Brasil - por enquanto

    José Inácio Pilar Visualizar

    A aposta dos ministros do STF para a prisão de Jair Bolsonaro

    Wilson Lima Visualizar

    Congressistas dos EUA citam "vingança política" contra Bolsonaro

    Redação Crusoé Visualizar

    Conib se manifesta contra ataques antissemitas a Luiz Fux

    Duda Teixeira Visualizar

    O encontro do Careca do INSS com a CPMI

    Wilson Lima Visualizar

    Mais Lidas

    A aposta dos ministros do STF para a prisão de Jair Bolsonaro

    A aposta dos ministros do STF para a prisão de Jair Bolsonaro

    Visualizar notícia
    A fatura chegou

    A fatura chegou

    Visualizar notícia
    A real missão dos drones russos na Polônia

    A real missão dos drones russos na Polônia

    Visualizar notícia
    Bolsonaro condenado

    Bolsonaro condenado

    Visualizar notícia
    Caça aos culpados

    Caça aos culpados

    Visualizar notícia
    China ignora soja americana e compra do Brasil - por enquanto

    China ignora soja americana e compra do Brasil - por enquanto

    Visualizar notícia
    Como a esquerda dificultou o julgamento de Jair Bolsonaro

    Como a esquerda dificultou o julgamento de Jair Bolsonaro

    Visualizar notícia
    Crime cada vez mais organizado

    Crime cada vez mais organizado

    Visualizar notícia
    Derrota no Kilimanjaro

    Derrota no Kilimanjaro

    Visualizar notícia
    Itamaraty político procura encrenca após condenação de Bolsonaro

    Itamaraty político procura encrenca após condenação de Bolsonaro

    Visualizar notícia

    Tags relacionadas

    Argentina

    Crise Política

    Javier Milei

    Patagônia

    Petróleo

    < Notícia Anterior

    Ex-militar venezuelano opositor de Maduro é sequestrado no Chile

    23.02.2024 00:00 | 4 minutos de leitura
    Visualizar
    Próxima notícia >

    Incêndio mata 10 e deixa inúmeros desaparecidos em Valência

    24.02.2024 00:00 | 4 minutos de leitura
    Visualizar
    author

    Caio Mattos, De Buenos Aires

    Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

    Comentários (1)

    Amaury G Feitosa

    2024-02-24 10:58:36

    Sob a ditadura comumo-bolivariana EU SOU VOCÊ AMANHÃ? a) ZéBraziu.


    Torne-se um assinante para comentar

    Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

    Comentários (1)

    Amaury G Feitosa

    2024-02-24 10:58:36

    Sob a ditadura comumo-bolivariana EU SOU VOCÊ AMANHÃ? a) ZéBraziu.



    Notícias relacionadas

    Crusoé nº 384: Bolsonaro condenado

    Crusoé nº 384: Bolsonaro condenado

    Redação Crusoé
    13.09.2025 07:02 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    China ignora soja americana e compra do Brasil - por enquanto

    China ignora soja americana e compra do Brasil - por enquanto

    José Inácio Pilar
    12.09.2025 16:54 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    A aposta dos ministros do STF para a prisão de Jair Bolsonaro

    A aposta dos ministros do STF para a prisão de Jair Bolsonaro

    Wilson Lima
    12.09.2025 16:40 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Congressistas dos EUA citam "vingança política" contra Bolsonaro

    Congressistas dos EUA citam "vingança política" contra Bolsonaro

    Redação Crusoé
    12.09.2025 16:06 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Crusoé
    o antagonista
    Facebook Twitter Instagram

    Acervo Edição diária Edição Semanal

    Redação SP

    Av Paulista, 777 4º andar cj 41
    Bela Vista, São Paulo-SP
    CEP: 01311-914

    Acervo Edição diária

    Edição Semanal

    Facebook Twitter Instagram

    Assine nossa newsletter

    Inscreva-se e receba o conteúdo de Crusoé em primeira mão

    Crusoé, 2025,
    Todos os direitos reservados
    Com inteligência e tecnologia:
    Object1ve - Marketing Solution
    Princípios Editoriais Assine Política de privacidade Termos de uso