General Rêgo Barros é demitido do cargo de porta-voz da Presidência

O general Otávio do Rêgo Barros foi exonerado do cargo de porta-voz da Presidência da República nesta quarta-feira, 7. A demissão é assinada pelo ministro da Casa Civil, general Braga Netto. O porta-voz exercia o cargo desde o início do governo, mas estava isolado no Planalto desde o ano passado, quando o presidente Jair Bolsonaro proibiu a realização de suas entrevistas a jornalistas e suspendeu a realização de cafés da manhã com repórteres.

A iniciativa, idealizada por Rêgo Barros para aproximar Bolsonaro da imprensa, virou alvo de críticas da ala ideológica do governo, sobretudo do vereador Carlos Bolsonaro, filho 02 do presidente. Aliado do Planalto, o deputado Marco Feliciano usou as redes sociais em 2019 para dizer que o general era “incompetente ou mal-intencionado” e o acusou de expor Bolsonaro à imprensa.

No início do governo, o general Rêgo Barros realizava coletivas diárias e, posteriormente, passou a fazer sessões de briefings com jornalistas, em que explicava medidas do governo. No ano passado, os encontros entre o general e repórteres foi suspenso e, desde então, o militar ficou isolado no Planalto. Ele deixou de acompanhar o presidente em viagens e teve o cargo esvaziado. Com a recriação do Ministério das Comunicações, o governo decidiu extinguir o posto de porta-voz.