Espanha concede asilo a Edmundo González
Exilado no país desde 8 de setembro, o líder da oposição venezuelana segue afirmando que irá a Caracas para ser empossado
O líder da oposição venezuelana, Edmundo González Urrutia, receberá o estatuto de asilo político pelo governo espanhol.
Segundo o ministro de Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, González terá a confirmação do que solicitou desde a sua chegada ao país em 8 de setembro.
Nesta sexta-feira, 10, González tomou café da manhã com Albares para discutir a política da Venezuela.
A partir de 10 de janeiro, o ditador Maduro iniciará mais um mandato.
Reconhecido pelos EUA e por outros países europeus como presidente eleito, González segue afirmando que irá a Caracas tomar posse.
O aviso
Após a fraude eleitoral em 28 de julho, González foi alertado do risco de uma detenção arbitrária pelas forças de Maduro.
Com isso, buscou asilo político na Espanha em 8 de setembro:
Um agente de segurança que trabalhava comigo me puxou de lado para dizer que havia recebido informações de que os órgãos de segurança estavam indo atrás de mim e que era melhor buscar refúgio", disse González em entrevista à agência de notícias Reuters.
"Eu poderia ter me escondido, mas precisava estar livre para poder fazer o que estou fazendo, transmitindo ao mundo o que está acontecendo na Venezuela, fazendo contatos com líderes mundiais", acrescentou.
Antes de viajar ao pais europeu, ele ficou abrigado na Embaixada da Holanda, em Caracas, durante mais de um mês.
Depois, migrou para a residência do embaixador espanhol.
A Procuradoria-Geral da Venezuela, controlada pelo chavismo, anunciou em 2 de setembro que um tribunal expediu um mandado de prisão contra Edmundo González.
O diplomata foi intimado para prestar depoimento sobre a apuração paralela das eleições de 28 de julho. Segundo a oposição, González venceu o ditador Nicolás Maduro com cerca de 70% dos votos.
Na Espanha, o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, recebeu o líder venezuelano n Palácio La Moncloa e disse:
“A Espanha continua a trabalhar a favor da democracia, do diálogo e dos direitos fundamentais do povo irmão da Venezuela".
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