Emenda de líder do governo facilitou compra de vacinas indianas na mira da CPI e do MPF
Uma emenda apresentada pelo líder do governo Bolsonaro na Câmara, deputado Ricardo Barros, do Progressistas do Paraná, abriu caminho para a autorização pela Anvisa da importação de imunizantes aprovados pela agência sanitária da Índia. A mudança na medida provisória favoreceu as negociações com o laboratório indiano Bharat Biotech para a aquisição de 20 milhões de doses...
Uma emenda apresentada pelo líder do governo Bolsonaro na Câmara, deputado Ricardo Barros, do Progressistas do Paraná, abriu caminho para a autorização pela Anvisa da importação de imunizantes aprovados pela agência sanitária da Índia.
A mudança na medida provisória favoreceu as negociações com o laboratório indiano Bharat Biotech para a aquisição de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde. As tratativas entre o governo federal e a Precisa Medicamentos, representante do laboratório indiano no Brasil, estão na mira da CPI da Covid.
A MP foi editada por Jair Bolsonaro em 5 de janeiro deste ano. A emenda de Ricardo Barros, segundo O Antagonista, foi incluída no texto após reunião com representantes da Precisa Medicamentos na embaixada do Brasil em Nova Déli, em 7 de janeiro. No dia seguinte, Jair Bolsonaro informou, por carta, ao primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que a Covaxin estaria entre as vacinas escolhidas pelo governo brasileiro para a imunização contra a Covid.
Segundo informou Crusoé mais cedo, a Procuradoria da República no Distrito Federal encontrou indícios da prática de crime no contrato firmado entre o Ministério da Saúde, na gestão Eduardo Pazuello, e a Precisa Medicamentos para a compra de 20 milhões de doses da Covaxin por 1,6 bilhão de reais.
A constatação ocorreu no âmbito de um inquérito civil público que apura a prática de improbidade administrativa por membros do governo federal diante da pandemia do coronavírus.
A procuradora Luciana Loureiro entendeu que o contrato da Covaxin precisa ser averiguado num processo à parte, na esfera criminal. Assim, os autos foram remetidos ao 11º Ofício de Combate ao Crime e à Improbidade Administrativa.
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Comentários (4)
José
2021-06-22 21:45:01Laboratório nem passou nas exigências de higiene..
Claudia Lenina A. L. De C. M. De Almeida
2021-06-22 20:55:12No meu governo não tem CORRUPÇÃO…😒
Nyco
2021-06-22 20:00:13Os detratores do PR sifú. O problema é que a vacina é cara mesmo, tanto que mais 12 países compraram essa mesma vacina nesse mesmo preço. Os traíras do MITO, incluso os ANTAS, só descobriram isso agora.
PAULO
2021-06-22 19:22:30Em janeiro de 2020, BioNTech e Moderna, direcionaram os seus esforços na busca de vacinas, utilizando o RNAm. A BioNtech fez uma parceria com a Pfizer. A Moderna contou com o apoio do governo americano. QUEM NO BRASIL ESTAVA MONITORANDO ISSO? A UE, USA, Canadá, todos fazendo o follow-up das vacinas em desenvolvimento. Israel teve um Primeiro Ministro ativo na busca de vacinas. Aqui no Brasil, agora vem à tona, o governo Bolsonaro estava procurando negociatas, com os seus corruptos de estimação.