Em retomada, CPMI das Fake News tentará limitar notícias falsas nas eleições de 2022
A CPI da Covid do Senado forçou o governo a mudar o rumo do combate à pandemia. Acuados pelos trabalhos da comissão de inquérito, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, tiveram que acelerar a compra de vacinas e prestar contas de ações equivocadas durante a pandemia. Agora, parlamentares apostam na...
A CPI da Covid do Senado forçou o governo a mudar o rumo do combate à pandemia. Acuados pelos trabalhos da comissão de inquérito, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, tiveram que acelerar a compra de vacinas e prestar contas de ações equivocadas durante a pandemia. Agora, parlamentares apostam na pressão da CPMI das Fake News, que será retomada em fevereiro, para minimizar os riscos de disseminação de notícias falsas na campanha de 2022 e para blindar as eleições.
Os deputados e senadores da comissão parlamentar mista de inquérito integrantes da CPMI das Fake News vão dirigir as atenções para apurações sobre ataques cibernéticos contra a democracia e a utilização de perfis falsos para influenciar os resultados das eleições de 2018. O escopo dos trabalhos mira figuras de peso do bolsonarismo: parlamentares governistas, familiares e apoiadores do presidente são alvos de inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal para apurar a realização de atos antidemocráticos e a divulgação de fake news.
Logo após o recesso parlamentar, lideranças partidárias vão se reunir para definir quem integrará a comissão -- como a CPMI está paralisada desde março de 2020, as legendas podem indicar novos representantes para compor o colegiado. A formação do grupo será primordial para os planos do governo: se a CPMI tiver maioria de oposicionistas, como na CPI da Covid, a investigação poderá gerar ainda mais desconforto para o Planalto.
O presidente da comissão, senador Ângelo Coronel, do PSD da Bahia, diz que o grande objetivo dos trabalhos será proteger o pleito eleitoral. “Queremos blindar as eleições de 2022 para que não haja interferência de fake news, ou casos de calúnia e difamação. Essa atuação será decisiva para a disputa eleitoral”, disse Coronel a Crusoé.
O senador afirma que a comissão servirá como suporte a órgãos de controle tanto na campanha eleitoral quanto nas eleições. “Vamos usar a CPMI como apoio à Polícia Federal, ao Ministério Público Federal e ao Tribunal Superior Eleitoral, já que será necessária uma fiscalização maior das eleições”, afirma Ângelo Coronel.
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Comentários (3)
Oswaldo
2022-01-04 08:44:15No dia em que a Crusoe publicar e enfatizar as grandes obras do governo Bolsonaro, privatização das ferrovias, água ao nordestino, combate à corrupção etc, vou reconhecer que o combate às notícias falsas teve sucesso.
FRANCISCO AMAURY GONÇALVES FEITOSA
2022-01-03 12:11:32. vergonhosa e cínica tentativa de controle das redes sociais que elegeram o presidente e tentam frear a vontade do povo nada mais que estratégia da quadrilha na suja guerra revolucionária contra a nação em claro curso .. liberdade de expressão e de opinião são direitos pétreos do cidadão e limitar pode não acabar bem.
Marta Aparecida dos Santos
2022-01-03 09:14:04Os trabalhos da CPI devem mirar nos dois: Lula e Bolsonaro. Tenho ctz q o Lula só está na frente por causa das fake news e isso tem que acabar. #BrasilPrecisaDoMoro