Edilson Rodrigues/Agência Senado

Documento enviado à CPI revela que setor privado quis comprar vacina da Sinopharm

23.06.21 07:36

Um telegrama encaminhado pelo Itamaraty à CPI da Covid revela que, em meio às discussões no Congresso sobre a compra de imunizantes por empresas privadas, o laboratório brasileiro Eurofarma tentou adquirir doses da vacina chinesa da Sinopharm contra a Covid-19.

A informação consta de um relato do embaixador Paulo Estivallet Mesquita (foto), representante brasileiro em Pequim, encaminhado ao Ministério das Relações Exteriores no dia 26 de março. “Em contato com este posto, representante da empresa farmacêutica brasileira Eurofarma informou estar em tratativas com empresa chinesa de “trading” para importação de vacinas contra a COVID-19 produzidas pela Sinopharm, escreveu o diplomata. Para concluir a operação, segundo o embaixador, a empresa brasileira “necessitava de carta da embaixada ao governo local referendando a compra”.

Segundo Estivallet, contatada, no entanto, a Sinopharma “alegou desconhecer a operação” e afirmou que, ao contrário dos demais produtos de sua linha de produção, “as vacinas contra a COVID-19 não estão sendo vendidas a entidades privadas no exterior devido à escassez mundial de oferta”.

Duas semanas após o telegrama do embaixador, a Câmara aprovou projeto de lei que liberou a compra de vacinas pelo setor privado, desde que metade das doses adquiridas fossem doadas ao SUS.

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