Divulgação/Kope

Diretor jurídico de Itaipu defende patrocínio de evento contra Lava Jato

05.10.23 16:48

A estatal Itaipu Binacional está patrocinando o evento “Balanço crítico da Lava Jato: passando a limpo o maior caso de ‘Lawfare’ da história nacional“, marcado para os dias 26 e 27 de outubro na Faculdade de Direito da USP. O encontro irá reunir diversos jornalistas, economistas e advogados contrários à operação.

Ao ser questionada por Crusoé, a assessoria de imprensa da estatal admitiu o patrocínio e respondeu com a seguinte nota:

O evento que a Itaipu Binacional está patrocinando está sendo organizado pelo Instituto Defesa da Classe Trabalhadora (iDeclatra), em parceria com o Centro de Pesquisas de Direito da Universidade de São Paulo (USP), com o objetivo de debater técnica e cientificamente, junto a renomados nomes do direito nacional, o Balanço Crítico da Lava Jato. O Centro de Extensão em Ciências Criminais da USP tem por objetivo estimular o estudo e o debates em criminologia, a partir da realização de grupos de estudos, organização de palestras e jornadas de aprimoramento científico-acadêmico, como é o caso em questão. Dessa forma, o evento busca democratizar o conhecimento de direito criminológico e crítico, visto que com o distanciamento histórico de quase 10 anos do início dessa ação de combate à corrupção é possível fazer um balanço dos impactos ocorridos em vários setores da economia nacional, como no setor de energia, petróleo e de construção civil). Para o diretor jurídico da Itaipu Binacional, Luiz Fernando Delazari, é fundamental a discussão acadêmica sobre as consequências da Operação Lava Jato para o país, inclusive para o setor de energia e para o meio ambiente. Além do mais, o Centro de Extensão em Ciências Criminais da USP é um dos institutos de pesquisa e extensão mais qualificados para a realização deste debate.”

Delazari (foto) foi um dos diretores nomeados pelo presidente Lula para a estatal, em março.

Ele também é um dos ministradores de cursos da Kope, a escola digital criada pelo lobista Walfrido Warde. Sua aula está incluída no curso “O direito é seu“, que tem o jornalista Reinaldo Azevedo no cartaz.

Warde é um grande apoiador do PT e crítico histórico da Lava Jato. No ano passado, ele doou 400 mil reais ao partido na campanha eleitoral de Lula. Foi a segunda maior doação de pessoa física ao partido. Warde também atuou em diversas causas para membros do partido e para empresários camaradas próximos à sigla. Em 2018, ele representou a ex-presidente Dilma Rousseff na ação que apurou possíveis irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Em 2020, trabalhou para os irmãos Joesley e Wesley Batista, da JBS, em um processo contra o procurador-geral da República. Rodrigo Janot. Este ano, pediu a suspensão dos acordos de leniência da Odebrecht na Lava Jato, representando Psol, Solidariedade e PCdoB. Esses três partidos satélites do PT se dizem preocupados com a saúde financeira das empresas que praticavam o capitalismo de compadres no Brasil. Atualmente, Warde comanda a defesa do juiz Eduardo Appio, que foi afastado do comando da Lava Jato após meses tentando enterrar a maior operação contra a corrupção da história do Brasil.

Leia a última capa da Crusoé sobre o ministro Silvio Almeida e sua relação com Walfrido Warde e o influencer Felipe Neto, aqui.

 

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  1. Neste evento iluminado os palestrantes vão pregar entre outras coisas que a terra é plana e ocupa o centro do universo, que o Brasil foi descoberto por um grupo de fadas, elfos gnomos e duendes e que as doenças humanas são causadas por bruxas e monstros voadores que precisam ser queimados vivos em fogueiras em noites de luas cheias ……

    1. Há muitas outras mundo afora e algumas até muito piores, sabemos Magali, mas, precisamos é ficar aqui mesmo, votar direito p/ expulsar essa camarilha repugnante da vida pública do NOSSO PAÍS, lutar para desinfestar e desinfeccionar a NOSSA REPÚBLICA, para que finalmente os bons, honrados e competentes ocupem as funções públicas a partir das mais relevantes e, assim acabarmos c/ a molecagem criminosa dessa sucessão dos desgovernos de desgovernantes infames, ladrões e genocidas por vias diversas.

  2. Marginais tbém adentram as faculdades de Direito - estes p/ vias diversas - p/ especificamente transformarem o DIREITO em arma, c/ o único objetivo de, aproveitando brechas nas leis, defenderem seus próprios crimes e os dos criminosos seus pares, e ñ os direitos ñ cessantes de qualquer indivíduo, legalmente previstos. As pessoas em geral ñ prestam atenção nesse perigoso e predatório fato. O resultado é exatamente este: a elegia à corrupção e aos crimes em geral p/ esses marginais, como no caso!!

    1. Nem é preciso descrever o que há por trás de tudo isso: é absolutamente claro!!!!

    2. (corretor...) ""Itaipu Binacional"" no BRASIL, instituição pública, vergonhosamente """patrocinando""" essa vergonha!!! Mais um escândalo nacional!!!

    3. ""Itaipu BRASIL inacional"", instituição pública, vergonhosamente """patrocinando""" essa vergonha!!! Mais um escândalo nacional!!!

  3. O tal diretor jurídico não justificou nada. O quê uma hidrelétrica tem a ver com "estudos e debates de criminologia"? Na verdade, é só para patrocinar, com dinheiro público, mais uma execração deliberada previamente, da maior operação anticorrupção do Brasil, que foi a Operação Lava Jato. A programação e os participantes deixam bem claras as intenções politico-ideológicas do evento. Se fosse realmente um Balanço com se autodenomina, deveria ter apoiadores da Lava Jato para contraditar.

  4. O problema deste país é este. Pústulas apresentando seminário contra a Lava Jato, já que faz parte tentar descaracterizar o combate contra a corrupção para que corruptos fiquem na zona de conforto. Gente querendo passar pano nas ilegalidades que praticadas para desviar dinheiro público. Estão querendo tampar o sol com a peneira para toda esta corrupção que existiu e existe até hoje no país.

  5. Advogados de empreiteiros juntando-se com os ministros do STF dá nisso. Um juiz do STF (Fachin) de uma penada, cancelou a LAVAJATO que 11 ministros do próprio STF haviam endossado.

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