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Direita é favorita nas eleições do Uruguai

24.11.19 09:51

O advogado Luis Lacalle Pou (foto), do Partido Nacional, de direita, é o favorito para o segundo turno das eleições do Uruguai, que acontecem neste domingo, 24.

Nas pesquisas de opinião, a coalizão comandada por Lacalle Pou, que inclui os partidos Colorado, Cabildo Aberto, Partido da Gente e Independente, deve ter 51% dos votos.

O candidato Daniel Martínez, da coalizão de esquerda Frente Ampla, deve ficar com 43%. Há quinze anos no poder, a Frente Ampla se desgastou com o aumento da insegurança, o fechamento de empresas, o déficit fiscal crescente, a elevação do desemprego e a piora na qualidade do sistema educacional, que é controlado por um sindicato dos professores. No país, apenas metade dos matriculados concluem o ensino secundário.

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  1. Uira, se toca... Ninguém perde 1 segundo do seu tempo lendo seus textos... Vc só nos faz ter q ficar descendo a barra de rolagem com mais frequência, acorde...

  2. É óbvio que o processo não é sem choques, mas a função de um governo e um Estado competentes é exatamente suavizá-lo para extrair o máximo de benefício e reduzir ao máximo os custos advindos da interação para que o país e sua população saiam ganhando e não perdendo.

  3. Sobretudo, o que a colonização portuguesa demonstrou no Brasil é que o isolamento acaba por criar um ambiente de inércia e estagnação que torna um povo completamente desconectado do contexto global e refém do que possa advir deste. A resiliência é o processo de filtrar tudo aquilo que enfraquece a constituição interna, mas absorver o que fortalece este contra choques externos. Portanto, adaptação e evolução sem subjugação e sem abrir mão da identidade, pois é consciente e voluntária.

  4. Basta ver a internet, ela pode até ser restringida, mas que país hj a dispensa? Conforme os pontos de contato e nível de interação aumentam, nenhum país, povo, indivíduo estará imune à influência de fatores exógenos, por assim dizer. O que ocorre é que cada ente ajusta a porosidade e exposição dentro de suas fronteiras de acordo com seus objetivos e condições, pois sem isto não é possível se adaptar e evoluir frente às mudanças que se dão no contexto global.

  5. Com a globalização, enquanto fenômeno transnacional, as culturas e agentes nacionais não podem mais se dar ao luxo de permanecerem isolados (antes não podiam tb, conforme a colonização do Brasil por Portugal revelou ser fatal para os indígenas, mas o processo era mais lento e menos fluído). Mesmo sem perceberem, povos e nações estão sendo expostos à fatores externos, assim como tb estão exercendo influência externa sobre outras nações.

  6. Considerando a história da humanidade, nada indica que este processo contínuo e retroalimentativo de análise e síntese se esgote. Na verdade, é o inverso, quanto mais intenso ele for, mais facetas serão reveladas e maior será o espectro de "singularidades" existente dentro do processo democrático. Está aí exatamente o elemento-chave que faz com que a democracia acabe por se impor sobre a autocracia pura (aliás, sem algum grau de flexibilidade, estas tendem a definhar).

  7. Desta forma, pode-se adotar um processo contínuo de análise e síntese. Do nível macro para o micro haveria um processo analítico, com as políticas sendo "quebradas" e adaptadas às particularidades do nível micro, enquanto do nível micro para o macro haveria um processo sintético, com as particularidades sendo "sintetizadas" para alimentar as políticas macro. Portanto, o poder no nível macro é só parte da equação e não a solução dela.

  8. Há que se considerar o poder de um ponto de visto micro e macro. Aliás, do ponto de vista micro, as oportunidades para se testar e implementar diferentes políticas é incomensurável, pois conforme a distância se torna menor, mas as diferenças ficam aparentes. O exercício do poder no nível macro deveria ser conjugado ao exercício deste no nível micro, permitindo que haja uma retroalimentação e que gradações imperceptíveis no nível macro sejam percebidas no nível micro.

  9. Nem a direita nem a esquerda uruguaia precisam se preocupar achando que resolverão todos os problemas do país, pois isto é coisa que nunca acaba. Afinal, se o passado serve de lição para o presente, então mesmo que a direita venha a ser bem-sucedida em resolver parte das questões que afligem a população, o preço do próprio sucesso acabará sendo a inércia e a comodidade. Além do mais, em um contexto tão amplo e diversificado como o atual, o que não falta são espaços.

  10. E pq? Pq há pouco mais de 100 anos ninguém vivia o suficiente para ter câncer. Veja o cigarro, enquanto a expectativa de vida era de 45 anos ou menos, ele jamais seria um problema. Mas bastou as pessoas viverem mais para que logo surgisse uma "epidemia" de câncer de pulmão. Quem acha que será capaz de solucionar e resolver todas as aflições e agonia humanas não é só ingênuo, mas arrogante e perigoso, pois julga ser capaz de fazer algo que na verdade lhe é impossível.

  11. Se há algo que a história da humanidade comprova, é que a cada problema resolvido, muitos outros emergem, o ser humano é um poço sem fundo de contradições e uma máquina de gerar caos. Estes não se reduzem conforme o desenvolvimento tecnológico e social aumentam, pelo contrário, estes só agem para expor os contrastes existentes e as discórdias que antes não existiam. O câncer só não se transformou em problema quando as condições de vida e serviços de saúde melhoraram?

  12. À distância todos parecem iguais, mas basta olhar com uma lupa para as diferenças começarem a surgir. Em termos de colaboração, esta não precisa se dar no reino das aparências e da superficialidade, mas deveria ocorrer exatamente no bojo das complexidades inerentes ao processo de transformação social. Esperar que seu adversário fracasse para que se então possa tomar o lugar dele é uma estratégia que funciona do aspecto privado, mas é péssimo para o conjunto social.

  13. Pq algo muito mais complexo do que administrar uma nação não exigiria um conjunto de habilidades e competências singulares que fazem daquela nação tb uma região única dentro de todo o globo? O que atrai os seres humanos são aqueles atributos e elementos compartilhados por todos. Contrariamente, o que os separa são exatamente as diferenças, que muitas vezes são muito mais sutis do que os fatores compartilhados.

  14. Cada país deveria ser considerado um bloco único com características completamente peculiares em relação a outros países. Portanto, mesmo que se inspire em políticas adotadas em outros países que se provaram efetivas, o mínimo que qq político deveria fazer no âmbito regional é entender as congruências e incongruências para adaptar modelos adotados em outros lugares às condições específicas de cada povo e nação. Até receita de bolo precisa ser adaptada às condições locais.

  15. Ademais, há a questão do contexto social e histórico, uma mesma política pode ter resultados diversos em contextos diferentes. No processo de globalização industrial e surgimento de multinacionais, empresas tiveram que adaptar suas estratégias e produtos para mercados regionais. Sobretudo a esquerda não parece ter a menor noção do que é isto, principalmente pelo fato de o marxismo almejar ser universal, o que acaba por eliminar a concepção de diferenças entre indivíduos e regiões.

  16. Não é um processo determinístico, mas tão pouco completamente aleatório, pois pode ser conduzido de forma consciente. O que se deveria compreender é que não há motivo para se colaborar nas interseções, deixando o debate e a luta política para as diferenças. Se o objetivo é reduzir a criminalidade, então pode-se até discutir quais as melhores soluções, mas não se questiona os objetivos e os resultados obtidos, são eles que dizem se a política adotada é boa ou ruim, não a ideologia ou a teimosia.

  17. Estar no poder pode parecer que é algo bom, mas é exatamente aí que se deixa de ser pedra para se transformar em vidraça. Se antes a esquerda era vidraça, agora vai virar pedra, além de que ela acabará sendo obrigada a rever os erros que a fizeram ser alijada do poder. É aí que estaria a grande vantagem de uma democracia, o contraditório permite que o sistema esteja em permanente auto-análise e depuração, mantendo o que funcionou e eliminando o que não deu certo.

  18. A inversão desta tendência somente se deu há pouco mais de 200 anos, já que nem Roma nem Grécia poderiam ser consideradas democracias em um sentido estrito, começando pelo fato de que parte de seu poder econômico vinha da escravização e servidão. Vê-se que a democracia moderna tem uma superposição com o capitalismo, que permite um sistema produtivo e econômico onde a subjugação e exploração do ser humano não é maior fonte de vantagem competitiva.

  19. Se autocracias fossem capazes de corrigir seus erros e alterar seu rumo, então elas provavelmente seriam superiores à democracia, mas tal coisa não parece ser parte da natureza delas. No fim, o embate entre o que é melhor ou pior parece estar mais nos resultados efetivos do que no plano teórico. Se autocracias são a regra, não a exceção na história da humanidade, então é pq elas eram superiores à democracia dentro de determinados contextos históricos.

  20. É lógico que nem tudo são um mar de flores, tal como ocorreu com a esquerda, o preço do sucesso é a inércia e a paralisia, o que acaba por tornar a alternância no poder um dos elementos de resiliência da democracia, pois tal coisa permite que a rota seguida pelos países seja corrigido sem que seja necessário cair no despenhadeiro primeiro, tal como na Venezuela, onde nem o desastre monumental evitou que o país continuasse afundando mais.

  21. O poder trás bônus, mas tb traz ônus. Quando as coisas vão bem, então é tudo festa, mas quando elas começam a desandar, aí vem o desgaste. Se Lacalle Pou for eleito, será exatamente para corrigir os erros da esquerda devido à miopia e cegueira ideológica. Nem com os indicadores demonstrando que as políticas implementadas estavam funcionando eles deram o braço a torcer, então a solução é retirá-los do poder para que alguém que tenha "peito" de tomar as medidas necessárias.

  22. O Uruguai é um ponto fora da curva, na América Latina. Alto índice de escolaridade, igualdade econômica e níveis de corrupção de um país da Europa ocidental. Nada que possa lembrar os seus vizinhos! Mas, 14 anos de esquerda no poder são demais, mesmo para um país civilizado. Com o caso uruguaio, fica provado que a esquerda, ainda que, neste caso, pouco corrupta, não tem instrumentos para promover o crescimento econômico e o desenvolvimento.

    1. O Uruguai é um conhecido país corrupto, centro internacional de lavagem de dinheiro há décadas.

    2. Victor — Explique então porque a população do Uruguai manteve a esquerda por tanto tempo? Aprimore um pouco mais o seu argumento.

  23. Maravilha. Mais um país da AL que, por experiência própria, constatou que a esquerda é só enganação e que o socialismo não funciona e nunca funcionou em lugar nenhum do mundo.

  24. Se a direita uruguaia for liberal e honesta, é um bom caminho. Entretanto, se ela for igual a direita brasileira, paraguaia, chilena, argentina ou boliviana, então o pobre país corre o risco de entrar em uma espiral de falta de crescimento e desigualdades que comprometerá o seu futuro..

    1. Thiago — seu argumento está muito fraquinho. O que está acontecendo com vocè. Por favor, pare de cumprir tabela. Creio que você pode fazer coisa melhor. O mesmo se aplica ao Eudes. Será que vocês pararam de ler e pensar? Coitados!

    2. Quando falta noção e a língua coça de vontade se expor, dá nisso. Kkkkkkkk

    3. #vocêconsegueJose Melhore os comentários. Esse aqui foi bem fraquinho também. Para uma pessoa do seu gabarito, passa a imagem que escreveu para cumprir tabela só. Bem bobo esse.

  25. Em País nenhum do mundo, o "socialismo", sempre praticado com o dinheiro do pagador de impostos deu certo. Por isto a direita, que prega o liberalismo econômico, tende a voltar. A Argentina tomou o caminho inverso. Brevemente saberemos onde ela vai parar.

    1. O pior é que só acordam quando fica quase irreversível; vide o Brasil.

  26. A educação no Uruguai, muitos anos atrás, era motivo de orgulho. Que pena. Síndicato = políticos. Política e educação nunca combinarão.

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