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Cubanos protestam em mais de 20 cidades: ‘abaixo a ditadura’

11.07.21 19:41

Milhares de cubanos protestaram neste domingo, 11, em mais de 20 cidades da ilha comunista pedindo o fim da ditadura (foto). As pessoas gritaram “pátria e vida“, “liberdade“, “chega de mentiras“, “não temos medo” e “abaixo a ditadura“.

A última vez em que os cubanos foram em massa para as ruas para protestar foi em 1994, no episódio que ficou conhecido como Maleconazo. “Daquela vez, as manifestações ocorreram apenas em Havana. Esta é a primeira vez na história que os protestos ocorrem em diversas cidades“, diz o cubano Liodanys Ramirez, presidente da Associação de Cubanos Livres do Brasil, ACL. “Muitas pessoas estão dizendo que só voltarão para suas casas depois de a ditadura cair.”

O descontentamento cresceu com a multiplicação de novos casos de Covid. “Cuba teve 6.939 casos ontem. As pessoas não têm comida, não têm remédios, não têm nada. O regime só reprime, mas não garante direito nenhum, nem o básico. As pessoas não aguentam mais“, diz Ramirez.

Na cidade de Camaguey, no interior de Cuba, um manifestante foi baleado pela polícia. Em vídeos divulgados nas redes sociais, é possível ver as pessoas colocando a polícia para correr, jogando pedras nos oficiais uniformizados e nas viaturas. Na cidade de Cárdenas, os manifestantes viraram um carro da polícia.

ReproduçãoReproduçãoBandeira cubana e carro da polícia virado em Cárdenas
Em Santa Clara, os manifestantes invadiram as lojas dos militares que vendem produtos em dólares e levaram mercadorias. Como a moeda nacional é o peso, a maioria dos cubanos não tem acesso a esses produtos, que geralmente são vendidos para turistas, membros do governo ou para os que recebem remessas de familiares no exterior.

Forças de segurança foram enviadas para reprimir os protestos. Dezenas de pessoas foram presas.

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