Crusoé nº 390: A paz de Trump
Como o presidente americano pode mudar o Oriente Médio, ainda marcado pelo terror. E mais: todos querem o lugar de Barroso e a dama dos oprimidos

O presidente americano Donald Trump é um homem vaidoso, que costuma enaltecer a si próprio em termos apologéticos e exagerados.
Mas, descontado a megalomania trumpista, é preciso reconhecer que o republicano deu uma importante contribuição para a paz no Oriente Médio.
Foi graças a ele que a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que já durava dois anos, terminou.
O Hamas finalmente libertou 20 reféns e entregou os corpos de outros israelenses que tinham sido sequestrados.
Catar e Turquia, dois países que apoiavam o Hamas, participaram da assinatura de um acordo de paz, em Sharm el-Sheikh, no Egito.
O Irã, que financiava e treinava a ala militar do Hamas, teve suas instalações nucleares destruídas e agora mal consegue se reerguer.
Até o presidente Lula, avesso a tudo o que seja feito por Israel e Estados Unidos, admitiu que o acordo de Trump significa "um começo muito promissor", diz Duda Teixeira em "A paz de Trump", a reportagem de capa da edição desta semana de Crusoé.
Outros destaques de Crusoé
Em "Todos querem o lugar de Barroso", Wilson Lima conta que a aposentadoria precoce do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso desencadeou, de forma inédita, uma disputa entre vários grupos pela indicação do seu sucessor – ala identitária do PT, ministros da Corte, classe política e até artistas fizeram algum tipo de lobby pelo seu magistrado favorito.
Apesar disso, o presidente Lula – que é quem de fato tem a caneta – já deu todos os indicativos de que fez a sua escolha.
Na matéria "A dama dos oprimidos", João Pedro Farah mostra que a escolha de María Corina Machado para o Nobel da Paz de 2025 reacendeu a esperança em povos oprimidos de toda a América Latina.
Além dos venezuelanos, nicaraguenses e cubanos festejaram a escolha do Comitê Norueguês. Por sua luta por liberdade, Corina virou uma porta-voz de todos eles, e sempre que fala ao microfone ou para uma câmera de celular ela alimenta a ideia de que a queda das ditaduras está próxima.
Colunistas
Privilegiando o assinante de O Antagonista+Crusoé, que apoia o jornalismo independente, também reunimos nosso timaço de colunistas.
Nesta edição, escrevem Leonardo Barreto (É errado dizer que Lula é favorito à reeleição), Bruno Soller (Apelo social ou experiência administrativa?), Dennys Xavier (O "isentão" que não era), Gustavo Nogy (Fracassei, mas fracassei do meu jeito) e Rodolfo Borges (Carta aos pais de jogador).
Assine Crusoé e apoie o jornalismo independente.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)