Crusoé 369: Censor na mira
Pela liberdade de expressão, EUA vão atrás de Alexandre de Moraes. E mais: Putin tenta apagar a identidade ucraniana pelas crianças

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão acostumados a não abaixar a cabeça para ninguém.
Por serem a última instância da Justiça brasileira e decidirem ações penais contra ocupantes de cargos do Executivo e do Legislativo, eles assumiram a aura de intocáveis.
Essa confiança leva os togados a participarem de cantorias com empresários e a não se declararem impedidos quando suas esposas defendem clientes endinheirados na mesma Corte.
Poucos são os jornalistas e parlamentares com coragem para denunciar essas atitudes, que solapam qualquer esperança de uma Justiça isenta.
Esta semana, anúncios do governo americano mostraram que, quando o Congresso se mostra inapto para frear o STF, alguma ajuda pode vir de fora, conta Duda Teixeira na reportagem de capa da edição desta semana de Crusoé.
Outro destaque
Também na edição desta semana, João Pedro Farah fala sobre como a ditadura de Vladimir Putin tem implementado na Ucrânia um projeto sistemático de doutrinação ideológica para apagar todo vestígio de identidade cultural ucraniana.
Os principais alvos dessa ofensiva são as crianças das regiões militarmente ocupadas no leste da Ucrânia, entre elas, Donetsk, Luhansk Zaporizhzhia, Kherson e a península da Crimeia, invadida em 2014, diz a reportagem Infância apagada.
Segundo a ONG Centro de Educação Cívica 'Almenda', cerca de 1,6 milhão de menores vivem sob o domínio russo, e apenas 1,5% deles mantêm acesso ao ensino da língua ucraniana.
Colunistas
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Nesta edição, escrevem Leonardo Barreto (Da mão para a boca), Jerônimo Teixeira (As duas pragas de Harvard), Dennys Xavier (Luta contra Darwin), Orlando Tosetto Júnior (É tudo pelas criancinhas), Gustavo Nogy (Que me perdoe o patrão, às vezes também prefiro não), Luiz Gaziri (Seu cérebro nas bets), Josias Teófilo (A transcendência na imanência) e Rodolfo Borges (Elena Ferrante não falou no Napoli).
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