Crusoé 355: E agora, Bolsonaro?
Como a denúncia da PGR muda o jogo político em Brasília
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A denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet, contra Jair Bolsonaro e mais 33 pessoas — protocolada nesta semana no Supremo Tribunal Federal (STF) — embaralhou o xadrez político para as eleições gerais de 2026.
Embaralhou não somente pela possibilidade — concreta — de prisão do ex-presidente da República, mas principalmente pelo fato de que Gonet deu um nó tático em qualquer movimento pró-anistia que possa vir a beneficiar Bolsonaro a seus aliados no futuro.
Gonet avançou em reação ao trabalho da Polícia Federal e pediu a condenação de Bolsonaro por cinco crimes: golpe de Estado, tentativa violenta de abolição do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
A PF havia indiciado o ex-presidente em relação a apenas aos três primeiros crimes.
Ao vislumbrar a participação do ex-presidente da República como uma figura onipresente em toda a trama golpista — trama essa que, segundo a PGR, começou com ataques às urnas, seguiu com ataques aos integrantes do Tribunal, passou pela tentativa de sensibilizar integrantes das Forças Armadas a endossar a decretação de um estado de sítio, tangenciou uma operação para tentar neutralizar Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes e culminou com os atos de 8 de janeiro —, Gonet pôde aumentar o rol de crimes atribuídos ao ex-presidente.
Dessa forma, ele abriu a possibilidade para uma condenação, que antes era estimada em 28 anos de prisão, para algo em torno de 43 anos de prisão.
Era tudo o que Alexandre de Moraes e a turma do STF queriam, diz a reportagem de capa da nova edição de Crusoé, assinada por Duda Teixeira e Wilson Lima.
Outros destaques de Crusoé
Em "Goianismo político-cultural", Alexandre Borges mostra como o Brasil goiano, que já conquistou a economia e a cultura popular, agora quer o país inteiro, com Pablo Marçal, Gusttavo Lima e Ronaldo Caiado tentando viabilizar uma candidatura para enfrentar Lula (PT) em 2026.
A matéria "A criptoconfusão de Milei", de Duda Teixeira, explica o escândalo no qual Javier Milei se envolveu por compartilhar o que não deve nas redes sociais. A imagem do presidente argentino se desgasta apesar das conquistas recentes no campo econômico.
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Comentários (2)
Amaury G Feitosa
2025-02-22 10:10:18A DITADURA ASSASSINOU BOLSONARO ..... Como não pode fazê-lo fisicamente agora o mata moralmente pois o objetivo disto tudo é impedí-lo na eleição presidencial próxima porque ameaça os criminosos hoje no poder e sem estratégia agindo às escuras faz o jogo do inimigo, a nação reage como pode e o Senado que tem poder de resolver o imbroglio que viola o Estado e massacra a nação rendido e vendido por bilhões jamais o fará, resta a Bolsonaro atitude digna de pedir asilo político aos EUA ou Itália já que desta descende chamando atenção do mundo para a tragédia brasileira de nação submetida a ditadura assassina e terrorista e assim os ditadores seriam extirpados de nossas vidas, mas tolo estratégia zero embriagado pelo poder não tem estatutra para tão nobre atitude.
Amaury G Feitosa
2025-02-22 10:10:18A DITADURA ASSASSINOU BOLSONARO ..... Como não pode fazê-lo fisicamente agora o mata moralmente pois o objetivo disto tudo é impedí-lo na eleição presidencial próxima porque ameaça os criminosos hoje no poder e sem estratégia agindo às escuras faz o jogo do inimigo, a nação reage como pode e o Senado que tem poder de resolver o imbroglio que viola o Estado e massacra a nação rendido e vendido por bilhões jamais o fará, resta a Bolsonaro atitude digna de pedir asilo político aos EUA ou Itália já que desta descende chamando atenção do mundo para a tragédia brasileira de nação submetida a ditadura assassina e terrorista e assim os ditadores seriam extirpados de nossas vidas, mas tolo estratégia zero embriagado pelo poder não tem estatutra para tão nobre atitude.