A reportagem de capa da nova edição de
Crusoé, assinada por Felipe Moura Brasil, destaca como o general Marco Antônio Freire Gomes, então comandante do Exército, e o tenente brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Jr., então comandante da Aeronáutica,
resistiram a pressões de Jair Bolsonaro, militares e ativistas para que anuíssem com um golpe de Estado travestido de medida constitucional, como Garantia da Lei e da Ordem (GLO), Estado de Defesa, Estado de Sítio, ou intervenção militar por interpretação “
anômala”, como diz a PF, do artigo 142.
Os relatórios são fartos em evidências neste sentido, porque, além de ambos terem confirmado em depoimento a postura adotada em reuniões realizadas após o segundo turno de 2022, policiais encontraram as minutas de decreto apresentadas pelo então presidente, bem como mensagens de investigados atestando e lamentando a recusa de anuência, bem como determinando retaliação.
Outros destaques de Crusoé
A matéria
"O deputado oculto Eduardo Cunha", assinada por Deborah Sena e Wilson Lima, mostra como a aprovação da PEC antiaborto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados trouxe à tona a atuação, nos bastidores, de um personagem que aos poucos volta ao cenário político brasileiro: o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.
Já a reportagem
"O lacrador de toga", assinada por Wilson Lima, revela que, ao escolher Flávio Dino, o presidente Lula queria um ministro com
"cabeça política" no STF. Conseguiu. Em dez meses como integrante do Supremo, Dino já fez um pouco de tudo. Ele assumiu a toga, mas não largou a política.
Em
"O argentino das urnas", Duda Teixeira conta como o marqueteiro Fernando Cerimedo conseguiu ser citado 65 vezes no relatório da Polícia Federal sobre um suposto golpe de Estado no Brasil, ganhando até um capítulo com o título
“Disseminação de conteúdo falso por Fernando Cerimedo e outros investigados”.
Colunistas
Privilegiando o assinante de
O Antagonista+Crusoé, que apoia o jornalismo independente, também reunimos nosso timaço de colunistas. Nesta edição, escrevem
Leonardo Barreto,
Orlando Tosetto Júnior,
Jerônimo Teixeira,
Josias Teófilo e
Rodolfo Borges.
Assine
Crusoé e apoie o jornalismo independente.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (1)
Amaury G Feitosa
2024-12-02 09:29:29Claro está que foi planejado uma ruptura institucional e que a reação de Bolsonaro no fim de 2022 de manutenção rigorosa do país nas tais "quatro linhas" era a negativa ao golpe que ali foi abortado e ele vai ter de dizer a verdade, pois à luz da lei deste chiqueiro estuprada como querem em favor de criminosos uns ungidos ao poder não houve crime, opinião unânime de juristas e da OAB mas ditadores em suas insanidades se lixam prá isto ... na minha opinião o país rtuma a um banho de sangue que os homens de bem ainda existentes deveriam evitar mas os ladrões presos por seus crimes "descondenados" e na prática anistiados algo que negam a outros querem vingança ... e possivelmente serei preso e isto não me mete medo, idoso e lutando para viver tenha coragem para a última e única forma de luta ... que a terra me seja leve.