Reprodução/redes sociais

Cristina Kirchner e os médicos cubanos na Argentina

29.04.20 08:02

O governo da Argentina está providenciando a ida de cerca de duzentos médicos cubanos para ajudar o país no combate ao coronavírus. A operação tem sido levada a cabo com enorme secretismo e já provocou revolta por parte das organizações de médicos no país.

“Essa operação é Cristina Kirchner pura. Ela mantém uma relação muito estreita com Cuba, principalmente porque foi lá que sua filha Florencia recebeu tratamento”, diz o cientista político argentino Patricio Giusto, da consultoria Diagnóstico Político, em Buenos Aires.

No final de março, antes de retornar com Florencia para Buenos Aires, Cristina, que é vice-presidente da Argentina, publicou a seguinte mensagem no Twitter: “Essa Cuba de médicos e médicas que exercem sua vocação com comprometimento, com um critério profundamente humanista e que, com um diagnóstico preciso, pela primeira vez, deu a Flor as ferramentas necessárias para recuperar a saúde”.

Com a pandemia, as críticas dos médicos à negociação com a ditadura comunista passaram longe de afetar o governo de Alberto Fernández (na foto, com Cristina). Ao decretar medidas de isolamento social, sua aprovação subiu para 55%. “Como as pessoas estão preocupadas com a situação econômica e com a quarentena e Fernández está com boa aprovação, isso acabou gerando um momento politicamente oportuno para trazer os médicos cubanos. As polêmicas acabaram se diluindo no meio da situação”, diz Giusto.

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